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Madeira

PCP apela à participação na Greve Geral para evitar normalização da precariedade

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O PCP denunciou, hoje, a intenção do Governo PSD/CDS de, através do Pacote Laboral, alargar e normalizar a precariedade – uma medida que atinge especialmente quem está a começar a vida. O partido esteve numa acção de contacto com trabalhadores junto ao Call-Center da Altice, no Funchal.

 Ricardo Lume, na ocasião, afirmou que “a precariedade laboral é a precariedade da vida, é a precariedade da família e um factor permanente de instabilidade e insegurança”. O membro do Comité Central do PCP afirmou que “a precariedade laboral é a precariedade da vida, é a precariedade da família e um factor permanente de instabilidade e insegurança”.

Aliás, apontou que um trabalhador com vínculo precário ganha, em média, menos do que alguém com vínculo efectivo, não progride na carreira, vive com medo de não ver o contrato renovado se exercer direitos parentais, sindicais ou políticos, e enfrenta enormes dificuldades até para aceder a crédito para adquirir habitação por ter um vínculo instável.

“Um trabalhador precário vive sem perspectiva de futuro e é mantido refém de um sistema que o quer vulnerável e submisso”, acrescentou Ricardo Lume. Além disso, apontou alguns números que indicam que 29,5% dos novos desempregados tinham vínculos precários e 35,41% dos desempregados da Região são jovens até aos 34 anos. Estes dados mostram como a precariedade penaliza sobretudo os jovens .

O dirigente comunista denunciou que, em vez de combater este flagelo, o Governo da República PSD/CDS pretende agravá-lo: “Em vez de pôr fim à precariedade, o Governo quer alargar a duração e os motivos para contratos a termo, fomentar a subcontratação e o outsourcing, reduzir a proteção laboral e promover o trabalho temporário e contratos de muito curta duração. Com estas propostas, um trabalhador pode permanecer até 9 anos consecutivos com contratos a termo, sem nunca conquistar um vínculo efetivo. Isto é inaceitável.”

Ricardo Lume concluiu afirmando que ainda é possível travar e derrotar este Pacote Laboral e abrir caminho a uma política que valorize o trabalho e quem trabalha. O PCP apela a todos os trabalhadores da Região, em especial aos jovens, a aderirem à Greve Geral de 11 de Dezembro, convocada pelo movimento sindical unitário, e a participarem na concentração marcada para as 11h30 junto à Assembleia Legislativa da Região Autónoma da Madeira.