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Madeira

1.143 crianças sinalizadas pelas Comissões de Protecção na Madeira em 2024

Com um crescimento verificado desde 2021, no ano passado foram mais 268 situações do que em 2023

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O número de novas crianças sinalizadas na Madeira pelas Comissões de Protecção de Crianças e Jovens aumentou em cerca de 20% de 2024, traduzindo-se em mais 268 casos do que os reportados em 2023. Ao todo, foram recebidas 1.143 comunicações de perigo. 

Os números constam do 'Relatório Anual de Avaliação da actividade das CPCJ da RAM', que foi esta manhã apresentado, no âmbito do Encontro Regional das CPCJ, que decorre no auditório do Instituto de Segurança Social da Madeira.

Paula Margarido, abordando esses dados, reforça que esse aumento poderá não significar que há mais casos a acontecer, podendo traduzir uma maior sensibilização e maior foco na denúncia por parte da sociedade.

A secretária regional de Inclusão, Trabalho e Juventude deu conta, na ocasião, de que o maior número de denúncias tem sido feito pelas forças de segurança, seguindo-se pessoas anónimas e depois os estabelecimentos de ensino.

Na lista de situações mais reportadas estão a negligência, a violência doméstica e a exposição a factores de risco.

Quanto a processos tramitados, a governante aponta um total de 1.749 processos em 2024, mais 236 do que no ano anterior.

A nível nacional, coube a Ana Valente traçar o retrato do País. A presidente da Comissão Nacional de Promoção dos Direitos e Protecção das Crianças e Jovens fala, também, de um aumento no ano passado, com 90 mil crianças sinalizadas, sendo a maioria, na leitura desta responsável, situações novas.

Falando, em específico, dos abusos sexuais, Ana Valente nota que é no seio da família ou no seu círculo próximo que a maioria dos abusos tem lugar.

Tanto a secretária regional de Inclusão, Trabalho e Juventude, como a presidente da Comissão Nacional de Promoção dos Direitos e Protecção das Crianças e Jovens realçam o empenho dos elementos das várias Comissões, tanto na Região, como a nível nacional.