As '500 Maiores' são "pilar sólido da economia"
Empresas madeirenses crescem acima da média nacional e revelam forte resiliência
As 500 Maiores e Melhores Empresas da Madeira voltaram a demonstrar um peso decisivo na economia regional, representando 54% do volume de negócios, 43% do emprego, 49% do VAB e 25% das exportações. Os dados foram apresentados por Pedro Gomes, da Informa DB, durante a cerimónia de entrega dos prémios, numa intervenção em que sublinhou o carácter estrutural deste grupo empresarial.
Segundo o responsável, estas empresas “são pilares da economia”, com presença sólida e diversificada em múltiplos sectores. O retalho, o alojamento e restauração e a construção destacam-se pelo número de empresas, enquanto no volume de negócios e no emprego o pódio mantém-se, embora com alterações: o maior empregador regional é agora o alojamento e restauração, seguido da construção e do retalho.
O segmento engloba empresas com facturação entre 651 mil euros e 236 milhões. Onze são classificadas como grandes empresas, 50 como grandes empregadoras e 59% são consideradas maduras, com mais de 20 anos de actividade. A liderança continua a ser maioritariamente masculina (82%), e 21% das empresas mantêm cariz familiar.
A Madeira registou um dos ritmos de crescimento empresarial mais elevados do país, apenas superada pelo Algarve. Nos últimos cinco anos, o crescimento acumulado das empresas regionais só foi ultrapassado também pelos Açores. Entre os sectores com melhor desempenho recente destacam-se o imobiliário, o alojamento e restauração e, no último ano, a construção.
Apesar do crescimento mais rápido que a média nacional, as margens operacionais e líquidas ficaram ligeiramente abaixo do restante tecido empresarial madeirense, embora continuem acima da média do país.
Cerimónia distingue as 500 Maiores e Melhores Empresas da Madeira
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Em matéria de sustentabilidade e resiliência, 43% das empresas aumentaram simultaneamente facturação e emprego, classificando-se como “em expansão”. Cerca de 77% apresentam resiliência elevada ou médio-alta, estando aptas a resistir a choques económicos severos. Além disso, 93% têm risco reduzido de cessação de actividade.
No indicador ESG, desenvolvido pela Informa DB, as empresas madeirenses alinham-se com as melhores práticas nacionais, com 31% a atingir níveis médios-altos de desempenho ambiental, social e de governance.
Pedro Gomes concluiu destacando quatro ideias-chave: estas empresas são uma base sólida da economia; estão presentes numa vasta diversidade de sectores; crescem acima da média do mercado; e demonstram forte resiliência, baixo risco comercial e estruturas de governance robustas.