Conselho Regional de Bombeiros define prioridades para 2026
Financiamento às associações ultrapassa os 11,6 milhões de euros e formação envolve mais de cinco mil bombeiros
Proteção Civil reúne Conselho Regional de Bombeiros e envolve municípios
O Conselho Regional de Bombeiros reuniu-se para fazer o balanço da actividade do sector e discutir as prioridades para o próximo ano, num encontro que serviu para analisar os objectivos definidos para 2025 e apontar caminhos para 2026.
A reunião foi presidida por Richard Marques, presidente do conselho directivo do Serviço Regional de Proteção Civil (SRPC) e centrou-se na avaliação do desempenho dos corpos de bombeiros, bem como na análise dos instrumentos de gestão financeira e operacional previstos para o próximo ano.
De acordo com uma nota remetida esta manhã às redacções, entre os principais pontos em destaque estiveram o modelo de financiamento das Associações Humanitárias de Bombeiros, que deverá atingir os 11,6 milhões de euros em 2026.
Foi também discutido o plano de formação e treino operacional para o próximo ano, que prevê com 385 acções, totalizando 12.455 horas de formação para 5.542 formandos, e ainda o plano de exercícios, que prevê 10 iniciativas destinadas a testar as várias áreas de intervenção do Plano Regional de Emergência de Proteção Civil.
O encontro serviu também para analisar o novo conceito de operação do Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais (DECIR), implementado em 2025. Os resultados deste modelo já tinham sido apresentados publicamente no passado dia 26 de Novembro, numa conferência de imprensa da secretária regional de Saúde e Proteção Civil, Micaela Fonseca de Freitas.
Com vista a garantir um planeamento a médio e longo prazo, foi ainda apresentado um diagnóstico das necessidades dos corpos de bombeiros até 2030, elaborado pelos respectivos comandantes e validado pelas entidades detentoras.
Segundo a tutela, este levantamento permitirá uma "melhor gestão por prioridades e captação de fundos comunitários".
No plano legal, foram igualmente definidas as prioridades legislativas e regulamentares a rever ou propor em 2026, tendo em conta as especificidades da Região Autónoma da Madeira.
O Conselho Regional de Bombeiros integra: o conselho directivo e o inspetor Regional do SRPC, o presidente da Federação de Bombeiros e os presidentes das entidades detentoras e comandantes dos corpos de bombeiros. Pela primeira vez, passaram também a integrar este órgão a Associação de Municípios da Região Autónoma da Madeira e a Associação Nacional de Bombeiros Profissionais.
No final da reunião, Richard Marques sublinhou a importância do contributo dado pelos vários membros do Conselho. “As intervenções e as reflexões partilhadas demonstram bem a relevância deste Conselho e a razão pela qual ele deve assumir um papel activo e contínuo no apoio à decisão estratégica na área dos bombeiros”, afirmou.
“Os temas abordados hoje confirmam que este é um espaço essencial de auscultação e de construção coletiva, onde a experiência e a visão institucional convergem para um objetivo comum: dignificar os bombeiros da Região Autónoma da Madeira e garantir uma resposta cada vez mais eficaz, segura e coordenada às populações”, acrescentou Richard Marques.
Ficou ainda o compromisso de manter o Conselho Regional de Bombeiros em funcionamento regular.