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Madeira

CDS-PP Machico critica devolução de apenas 1% do IRS e vota contra orçamento municipal

Marco Pires, do CDS-PP Machico.
Marco Pires, do CDS-PP Machico.

O CDS-PP Machico defendeu na Assembleia Municipal de 17 de Dezembro a devolução máxima de 5% do IRS aos munícipes do concelho, utilizando o limite permitido por lei para aliviar a carga fiscal das famílias. A proposta contrastou com a decisão aprovada pelo PS, com abstenção do JPP, que fixou a devolução em apenas 1%.

Para os centristas, esta opção representa uma oportunidade perdida de apoiar de forma mais efectiva as famílias, os jovens e a classe média de Machico, num contexto de forte pressão fiscal e aumento do custo de vida, refere o partido através de comunicado à imprensa.

O partido critica a falta de coerência política do executivo do PS, sublinhando que o mesmo apresenta votos de congratulação aos trabalhadores machiquenses por ocasião do 1.º de Maio, mas quando tem a oportunidade concreta de retribuir esse esforço - devolvendo rendimento a quem trabalha e paga impostos - opta por não o fazer, mantendo uma devolução mínima.

"O CDS-PP entende que, sempre que o município tem margem financeira, deve devolvê-la aos munícipes. Não se trata de um favor, mas de uma opção política clara a favor das pessoas e das famílias", sublinha o partido.

O CDS-PP recorda que esta proposta é coerente com a sua linha política, estando alinhada com a defesa da redução da carga fiscal assumida também ao nível regional, nomeadamente no Orçamento Regional de 2016, onde o partido defendeu uma redução global de cerca de 30% dos impostos.

O partido reafirma que continuará a lutar por menos impostos, mais rendimento disponível e uma estratégia clara de desenvolvimento para Machico.

Na mesma sessão, o CDS-PP votou contra o Orçamento Municipal para 2026, por considerar que o documento não apresenta qualquer visão estratégica para o futuro de Machico, sendo "mais do mesmo". O partido alerta que os 12 anos de estagnação do anterior executivo correm o risco de se repetir nos próximos quatro anos, se não houver uma mudança de rumo.

Os centristas manifestaram-se ainda contra o projecto do executivo que prevê o encerramento da baixa de Machico, argumentando que esta medida prejudica o comércio local e não traz qualquer benefício para a mobilidade urbana. Segundo o partido, a iniciativa poderá agravar as dificuldades dos comerciantes e limitar a acessibilidade, sem apresentar soluções concretas para melhorar a circulação na cidade.