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Madeira

Chega acusa PS e PSD de bloquearem fiscalização ao Centro Internacional de Negócios da Madeira

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O deputado do Chega-Madeira eleito à Assembleia da República, Francisco Gomes, criticou duramente o PS e o PSD pela rejeição de um requerimento que visava convocar a administração executiva da Sociedade de Desenvolvimento da Madeira à Comissão de Orçamento e Finanças. A proposta, apresentada pelo grupo parlamentar do Chega a 26 de Novembro e votada ontem na comissão, foi reprovada com os votos contra dos dois partidos.

A iniciativa pretendia questionar a entidade responsável pela gestão do Centro Internacional de Negócios da Madeira (CINM) sobre questões relacionadas com suspeitas divulgadas na comunicação social e irregularidades apontadas por instâncias europeias nos últimos anos.

Para Francisco Gomes, a votação na comissão constituiu "a prova viva de que PS e PSD não querem transparência, não querem fiscalização e não querem que o país saiba o que realmente se passa no CINM". O deputado considera inaceitável que, perante notícias e decisões judiciais europeias envolvendo empresas instaladas na Zona Franca, os dois maiores partidos optem por impedir o parlamento de ouvir os responsáveis pela gestão do regime.

"PS e PSD uniram-se para garantir que nada muda, que nada se sabe e que tudo continua na mesma opacidade de sempre. Têm medo da verdade. Têm medo da fiscalização. Só assim se compreende esta tentativa descarada de proteger um sistema que nunca pode estar isento de escrutínio", afirmou o deputado.

Francisco Gomes acusa os dois partidos de actuarem como "guardiões da opacidade fiscal", bloqueando mecanismos que permitiriam ao parlamento avaliar o cumprimento das regras, a eficácia da supervisão e os riscos reputacionais associados ao CINM.

O parlamentar do Chega sublinhou que o partido defende o papel estratégico da Zona Franca, mas rejeita que esse potencial seja prejudicado pela falta de transparência ou por suspeitas sem resposta.

"O que PS e PSD fizeram ontem foi vergonhoso! Recusaram que a administração do CINM fosse confrontada com perguntas legítimas sobre branqueamento de capitais, sobre o cumprimento das regras europeias e sobre a real criação de emprego. Isto é bloquear o país! Isto é sabotar a Madeira!", concluiu.