Madeirenses na Noruega para assistir ao Nobel da Paz
Lídia Albornoz descreve como “um sonho” a experiência de estar na Noruega para acompanhar, juntamente com centenas de venezuelanos e luso-venezuelanos, a cerimónia de entrega do Prémio Nobel da Paz a Maria Corina Machado. A activista madeirense integra o grupo que viajou até Oslo para este momento considerado histórico para a diáspora venezuelana, ao lado de Carlos Fernandes e Ana Cristina Monteiro, também eles madeirenses ligados à comunidade venezuelana.
A poucas horas da entrega, Lídia admite que subsiste ainda uma grande incógnita: não está confirmado se Maria Corina Machado poderá estar presente na cerimónia, dada a situação política no seu país. Essa incerteza aumenta a expectativa e o simbolismo do encontro, que promete juntar uma multidão em vigília, momentos de celebração e iniciativas públicas paralelas.
Entre os madeirenses e conterrâneos espalhados pelo mundo, o sentimento dominante é o de esperança. “Há milhares de venezuelanos que querem regressar, reconstruir o país e aplicar tudo o que aprenderam nos países que os acolheram”, sublinha Lídia. O desejo de mudança política é transversal ao grupo que se concentra em Oslo, para quem o Nobel entregue a Maria Corina Machado representa um reconhecimento internacional da luta democrática e uma oportunidade renovada para mobilizar a sociedade civil.
A presença expressiva da diáspora nesta cerimónia é vista como um sinal de união e também um apelo. Um apelo para que a transição democrática na Venezuela deixe de ser apenas uma aspiração e se transforme numa realidade capaz de permitir o regresso seguro e digno de quem foi forçado a partir.