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Presidenciais: tomar posição é fundamental

Catarina Martins, e muito bem, tem defendido que precisamos de bons serviços públicos e como Presidente da República incentivará a que os mesmos sejam de qualidade e cheguem onde as pessoas mais precisam

Tenho visto com atenção o comportamento das candidaturas Presidenciais, nas entrevistas, nos debates e nas acções do dia a dia. Há uma certeza que tenho neste momento: a Catarina Martins é a melhor candidata para os trabalhadores, para as mulheres, para quem luta pelo direito à habitação e, sobretudo, para quem está, e sempre esteve, com os valores de Abril, sem quaisquer dúvidas.

É uma candidata que tem orgulho em ser de esquerda e que não se envergonha das suas origens, mas que não se fecha apenas no lado partidário, porque ser candidata presidencial é ir muito mais além. É defender um Portugal mais justo e solidário e que valorize a cultura a todos os níveis. Catarina Martins é a candidata de causas muito queridas por quem quer viver num País onde existam direitos efetivos para todas as pessoas.

Os ataques a esta sua postura vêm daqueles que estão satisfeitos com o que se passa na situação atual. Que não querem que nada mude para ajudar a fazer o que é preciso. Alguns querem ainda piorar mais, defendendo um liberalismo que tudo privatiza. Isto é, no mínimo, assustador, tendo em conta os graves problemas que o País enfrenta. Parece que acabar com tudo o que é público é a solução para todos os males, e todos nós sabemos que não é assim.

Catarina Martins, e muito bem, tem defendido que precisamos de bons serviços públicos e como Presidente da República incentivará a que os mesmos sejam de qualidade e cheguem onde as pessoas mais precisam, como o Serviço Nacional de Saúde, que tem andado muito mal e tem prejudicado muito quem a ele precisa de recorrer. Tem tido uma firmeza muito grande na defesa de leis laborais justas, estando contra as alterações incluídas no pacote laboral que pretendem liberalizar os despedimentos e precarizar ainda mais as relações laborais. Já disse que se for Presidente da República não promulgará nada que seja contra os direitos de quem trabalha.

É claro que podem dizer, ao ler o que estou a escrever, que não faço mais do que o meu dever porque sou do mesmo partido da Catarina. Mas quem me conhece bem, também sabe que não faço fretes a ninguém, e se não estivesse mesmo de acordo não estaria a escrever este texto. A Catarina Martins é uma política inteligente e uma mulher de quem Portugal se devia orgulhar, pela sua firmeza de princípios, pela sua empatia com todas as causas, por mais fraturantes que elas sejam ou não, e até pela forma como debate com os seus adversários, sempre com o nível elevado e sem perder a sua postura de mulher, mostrando ser, acima de tudo, inteligente e segura de quem sabe o que está a defender.

Ainda por cima é a única mulher que deu a cara nesta candidatura. Tenho pena que outras mulheres não tivessem participado, como já aconteceu em anteriores eleições. É um sinal que o círculo político está a se fechar mais no masculino, o que não é bom para a democracia e para a sociedade, que se quer mais igualitária e participativa. Os altos cargos de decisão política podem e devem ser desempenhados por mulheres, e a Catarina Martins é o exemplo disso mesmo.

É pois, com muito orgulho, também como mulher de esquerda que sou, que no dia 11 de janeiro irei votar na Catarina Martins para Presidente da República Portuguesa. Apelo às mulheres em particular, aos trabalhadores e a todas as pessoas das artes e da cultura, para depositarem o seu voto em gente de confiança que, como ela, estão TODOS OS DIAS CONNOSCO. Tomar posição é fundamental também nestas eleições, que muita gente pensa que não são muito importantes, o que é errado porque estamos a decidir sobre o mais alto cargo da nação.