DNOTICIAS.PT
Madeira

Chega aponta "inversão total de prioridades" que desrespeita os polícias

None

O deputado eleito pelo Chega-Madeira à Assembleia da República, através de comunicado, acusou o Estado de estar mais interessado em cuidar de reclusos estrangeiros do que em garantir condições dignas de trabalho aos polícias e militares da GNR. Francisco Gomes argumenta com "números oficiais" que, segundo o deputado, comprovam "uma inversão total de prioridades" que desrespeita quem arrisca a vida diariamente para proteger o país.

O parlamentar refere-se aos últimos dados da Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais, em 2024, que dão conta da existência de cerca de 2.200 reclusos estrangeiros nas prisões portuguesas. Também "segundo informações do Ministério da Justiça, cada um desses reclusos custa ao Estado cerca de 60 euros por dia", resultando numa despesa anual que, segundo o deputado, “se aproxima dos cinquenta milhões de euros, totalmente suportada pelos contribuintes portugueses”.

Francisco Gomes comparou este valor ao salário de entrada dos agentes da PSP e da GNR, que “levam para casa pouco mais de mil euros por mês”, afirmando que tal remuneração é “indigna, humilhante e deveria envergonhas os sucessivos governos do PSD e PS que nos andam a liderar há cinquenta anos”.

"É revoltante que o Estado gaste quase 50 milhões por ano com presos estrangeiros enquanto paga mil euros a quem enfrenta o pior da rua para defender Portugal. É uma vergonha nacional! Este governo prefere investir em reclusos do que em polícias, não há moral nenhuma", afirma Francisco Gomes.

O deputado criticou ainda o que descreveu como “o mito trágico” de que é possível garantir segurança sem valorizar os profissionais que a asseguram. Na sua perspectiva, o Estado continua a atribuir “regalias e vidas de luxo aos oficiais da PSP”, enquanto “espezinha os agentes que carregam o trabalho duro, os turnos intermináveis e o risco”.