Deputado do Chega diz Governo quer "apenas fazer remendos na PSP"
O deputado madeirense eleito pelo Chega (CH) à Assembleia da República, Francisco Gomes, emitiu uma nota de imprensa onde afirma que "as novas regras de acesso ao curso de formação de agentes da PSP não vão resolver absolutamente nada face à grave falta de efetivos", denunciando que "o governo está a atuar em desespero e sem estratégia pela incapacidade de atrair candidatos nos últimos anos".
Segundo Gomes, "o aumento da idade máxima de 30 para 35 anos para entrada na PSP e o fim do critério de altura mínima são medidas cosméticas, tomadas à pressa e sem qualquer plano real para salvar uma força policial que está exausta, maltratada, desvalorizada e perseguida pelo próprio Estado", acusa.
Por isso, insiste, "qualquer passo que explore novas soluções é bem-vindo, mas o problema da PSP não é a idade, nem a altura. O problema é que ser agente hoje significa salários baixos, más condições de trabalho, risco constante, carreiras congeladas e vidas sacrificadas. Enquanto o governo ignorar isto, ninguém vai querer entrar na Polícia", garante Francisco Gomes.
E alertou que "a redução do número de candidatos à PSP nos últimos anos não caiu do céu, mas resulta de anos de abandono político e falta de respeito pelos profissionais, que arriscam a vida todos os dias pelo país". E acrescenta: "O governo não resolveu nada. Fez apenas um anúncio de desespero para esconder que já não tem portugueses suficientes a querer entrar para a PSP. O Estado falhou com a polícia. E quando o Estado falha com quem o defende, coloca o país em risco."
O deputado apela, ainda, "a uma reação firme por parte dos profissionais", instando que "os agentes de todo o país têm de se fazer ouvir e têm de protestar de forma clara e unida. É urgente que digam ao governo que não aceitam mais ser ignorados. A dignidade e a autoridade da PSP não se mendigam - exigem-se!", atirou.
Francisco Gomes termina, garantindo que o CH "reivindica um plano urgente de valorização profissional da PSP, incluindo melhorias salariais, progressão na carreira, reforço de meios, dignificação funcional e revisão das cargas operacionais", afirmando que "Portugal só terá segurança se tratar com respeito quem a garante".