CH quer resposta do Governo à proibição da TAP voar para a Venezuela
O Chega, através do deputado Francisco Gomes, endereçou uma pergunta escrita ao Ministro das Infraestruturas, em que exige uma resposta firme do Governo da República à decisão do regime venezuelano de proibir a TAP de voar para a Venezuela. O parlamentar eleito pelo círculo da Madeira considera esta situação "inaceitável e prejudicial para os portugueses que vivem naquele país".
A revogação das concessões, publicada esta quarta-feira, no diário oficial venezuelano, , abrange seis companhias aéreas internacionais, nomeadamente TAP, Avianca, LATAM Airlines Colômbia, Turkish Airlines e GOL Linhas Aéreas, uma vez que o governo liderado por Nicolás Maduro considera que contribuíram para “acções de terrorismo de Estado promovidas pelos Estados Unidos”, uma justificação que o Chega classifica como “surreal e politicamente absurda”.
Aliás, para Francisco Gomes, esta decisão é mais um ataque direto ao povo venezuelano e às comunidades estrangeiras, "em particular à comunidade portuguesa e luso-venezuelana, estimada em mais de 400 mil pessoas". O deputado alerta que a suspensão "agrava o isolamento da diáspora portuguesa, dificulta deslocações essenciais e coloca em risco a segurança e estabilidade das famílias que dependem destas ligações aéreas".
"O regime de Maduro voltou a castigar a comunidade portuguesa. Não há qualquer fundamento sério para impedir a TAP de voar. Esta medida atinge milhares de portugueses e madeirenses que vivem na Venezuela e dependem da companhia nacional. O governo tem de defender os nossos cidadãos com firmeza", afirma o deputado.
O parlamentar afirma que esta perde de conectividade compromete direitos fundamentais, como o direito ao contacto com Portugal, ao regresso seguro e à manutenção de laços familiares e económicos. Para o deputado, trata-se de uma decisão que “enfraquece as ligações internacionais, reduz as alternativas de viagem e coloca toda a diáspora numa situação de insegurança”.
O deputado exige que o governo esclareça se já iniciou diligências diplomáticas ou contactos com autoridades internacionais, e se prevê medidas alternativas para garantir que os portugueses afectados não ficam desprotegidos perante uma decisão unilateral tomada por um regime autocrático.
"A comunidade luso-venezuelana merece proteção, merece respeito e merece respostas urgentes", considera Francisco Gomes, acrescentando que "o governo não pode ficar calado enquanto um regime autoritário bloqueia o acesso de cidadãos portugueses à sua própria companhia aérea".