O Grupo Parlamentar do Juntos Pelo Povo (JPP) veio hoje a pública lamentar o facto de o campo de futebol da freguesia do Porto da Cruz continuar sem bancada, "18 anos após a sua construção" e de a obra ter sido vencedora do Orçamento Participativo de 2022.

A posição foi assumida durante uma visita ao local no âmbito da iniciativa “Deputados com o Povo”, que pretende ouvir as populações e identificar problemas em todos os concelhos da Região.

Para o partido, a ausência da bancada constitui “um exemplo flagrante do esquecimento a que Câmara Municipal e Governo têm deixado o Porto da Cruz”.

A deputada Jéssica Teles sublinha que se trata do "único campo de futebol da freguesia, construído em 2007" e que o mesmo "é utilizado com muita frequência, pelas crianças, jovens e encarregados de educação daquela localidade”.

Segundo a parlamentar, “após 18 anos e de serem gastos 4 milhões de euros para a construção deste campo, o espaço destinado às bancadas continua em terra, oferecendo algum perigo devido à sua inclinação, e falta de conforto para as pessoas que, por vezes, tentam assistir aos jogos dos seus familiares, mas acabam por desistir de acompanhar as actividades”.

O JPP recorda que já tinha visitado as instalações em 2022 e lamenta que “o cenário continue igual”, apesar de o projecto ter sido um dos vencedores do Orçamento Participativo (OPRAM543) desse ano, com um valor aprovado de 1 milhão de euros.

Embora reconheça que se trata de uma infra-estrutura sob responsabilidade do Governo Regional, o partido critica igualmente a Câmara Municipal de Machico, considerando existir “inércia” por não ter sido encontrada “uma solução, mesmo que provisória”, para responder ao problema ao longo dos últimos 18 anos.

A deputada afirma ainda que “a freguesia do Porto da Cruz, continua esquecida naquilo que são prioridades, quer para o Governo Regional, quer das autarquias locais, com claro prejuízo para a população local”.

O JPP sublinha a importância das infra-estruturas desportivas para a socialização, saúde dos atletas e dinamização económica da freguesia e apela, por isso, às entidades competentes, "nomeadamente o Governo Regional",  que cumpram com "aquilo que são as suas promessas e as reivindicações da população e em particular dos sócios, atletas e seus familiares”.