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Governo israelita elogia progressos na destruição de túneis do Hamas

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O ministro da Defesa israelita, Israel Katz, afirmou hoje que recebeu informações do comandante do exército a indicar progressos na destruição dos túneis usados pelos islamitas do Hamas na Faixa de Gaza, em pleno cessar-fogo no território.

"O exército está a atuar para destruir os túneis através de explosões ou enchendo-os com betão líquido em todo o território sob o seu controlo", escreveu Israel Katz na rede X, acrescentando que a operação está a evoluir "muito bem".

O ministro da Defesa já tinha anunciado, após a entrada em vigor da trégua no enclave palestiniano, em 10 de outubro, que as operações militares para destruir "os últimos túneis do Hamas" iriam continuar.

As autoridades do enclave palestiniano, controladas pelo grupo islamita, criticam no entanto que quase todos os dias, desde o cessar-fogo, o exército israelita realiza demolições de edifícios residenciais, sobretudo na Cidade de Gaza e em Rafah, no sul do território, áreas já devastadas por bombardeamentos durante dois anos de conflito.

Na sua mensagem, o ministro israelita referiu-se também ao desarmamento do Hamas, afirmando que a força internacional proposta pelos Estados Unidos para gerir e garantir a segurança da Faixa de Gaza, durante dois anos, será responsável por esta tarefa.

O Conselho de Segurança da ONU deverá votar na segunda-feira esta proposta promovida por Washington, que o Hamas já recusou há algumas semanas.

"A força multinacional liderada pelos Estados Unidos deve ficar encarregada da desmobilização e do desarmamento do Hamas na antiga Faixa de Gaza", acrescentou Katz, referindo-se à área não controlada pelo exército israelita.

A primeira fase do acordo entre Israel e Hamas, impulsionado pelos Estados Unidos com a mediação do Egito, Qatar e Turquia, inclui a troca de reféns e prisioneiros, a retirada parcial das forças israelitas do enclave e o acesso de ajuda humanitária ao território.

A etapa seguinte, ainda por acordar, prevê a continuação da retirada israelita, o desarmamento do Hamas, a constituição de uma força internacional, bem como a reconstrução e a futura governação do enclave.

A guerra na Faixa de Gaza foi desencadeada pelos ataques liderados pelo Hamas em 07 de outubro de 2023 no sul de Israel, nos quais morreram cerca de 1.200 pessoas e 251 foram feitas reféns.

Em retaliação, Israel lançou uma operação militar em grande escala na Faixa de Gaza, que provocou mais de 69 mil mortos, segundo as autoridades locais controladas pelo grupo islamita, a destruição de quase todas as infraestruturas do território e a deslocação forçada de centenas de milhares de pessoas.