DNOTICIAS.PT
Desporto

Associações de Futebol da Madeira e dos Açores querem grupo de trabalho para tratar questões da insularidade

None

As Associações de Futebol da Madeira e dos Açores pretendem a criação de um grupo de trabalho permanente sobre insularidade, no seio da Federação Portuguesa de Futebol, liderado pela mesma e com a participação das associações de futebol da Madeira, Ponta Delgada, Angra do Heroísmo e Horta.

Esta foi uma das propostas conjuntas apresentadas por Rui Coelho, numa reunião das Associações de Futebol, que decorreu no Porto. O documento foi aprovado por unanimidade, sendo que cabe agora à Mesa do Plenário levar à Federação Portuguesa de Futebol para aprovação.

As associações insulares pretendem também a elaboração conjunta de um Plano Estratégico de Desenvolvimento do Futebol nas Regiões Autónomas, com horizonte de 12 anos. Esse documento deverá ser preparado pela FPF em articulação com as Associações da Madeira e dos Açores, a apresentar formalmente aos Governos Regionais. “Este plano deverá integrar as políticas de desporto, juventude, formação e infraestruturas, afirmando que o futebol não é apenas competição — é coesão territorial, identidade cultural e desenvolvimento humano”, indica Rui Coelho.

O presidente da AFM garante que “a Madeira está, e estará sempre, disponível para trabalhar com a Federação Portuguesa de Futebol, para que nenhum talento se perca por causa da sua geografia”.

Aliás, aponta alguns desafios como os custos de transporte e o impacto económico da participação das equipas da Madeira e dos Açores nos quadros competitivos nacionais. “Garantir equidade competitiva implica assegurar condições reais para competir, o que inclui a existência de um modelo de apoio consistente e previsível ao transporte e às deslocações das equipas e atletas insulares”, indica.

Por outro lado, indica que é necessária a revisão dos quadros competitivos nacionais, para que as equipas das Regiões Autónomas possam progredir de forma “sustentável, ajustada às suas realidades logísticas, financeiras e humanas”.

A consolidação e manutenção das infraestruturas desportivas na Madeira e nos Açores, “essenciais para fixar talento, formar atletas, capacitar treinadores e reforçar a competitividade das Seleções Regionais e do Futebol Nacional”, também preocupa.

“A quarta questão, transversal a todas as anteriores, é a formação qualificada de técnicos, árbitros e dirigentes, garantindo que todos têm acesso, em território próprio, a percursos de formação e certificação coerentes e progressivos”, assume.