Francisco Gomes afirma que executivo do PSD "continua sem rumo"
O deputado do Chega, eleito pelo círculo da Madeira à Assembleia da República, considera que o executivo do PSD continua sem rumo e sem capacidade de defesa do interesse nacional, limitando-se a proteger estruturas instaladas, grupos privilegiados e lógicas partidárias que impedem qualquer reforma séria do Estado.
Aliás, Francisco Gomes acusa mesmo o Governo da República de “trair sistematicamente os interesses dos portugueses” e de manter uma governação “desequilibrada, egoísta e capturada pelas mesmas redes de influência que há cinquenta anos corroem o Estado português”. As declarações, de acordo com nota à imprensa, foram proferidas durante uma audição de emergência ao Tribunal Constitucional, realizada na Comissão de Orçamento e Finanças, da qual o deputado é membro efectivo.
“O governo da República não governa para os portugueses, mas para as redes de interesse que capturaram o país há meio século. Não há coragem, não há visão e não há vontade de enfrentar o que está podre. E enquanto esta teia não for quebrada, Portugal continuará condenado ao declínio social, económico e institucional", disse.
No entender do parlamentar, o país precisa de transparência, justiça e rigor, mas lamentou que a actuação do governo revele "opacidade, fragilidade e dependência dos mesmos grupos que têm condicionado as decisões políticas desde o pós-25 de Abril". Aliás, aponta que a falta de respostas estruturais mostra que o executivo está “refém de um sistema que funciona apenas para poucos e abandona milhões de portugueses”.
“É intolerável que, mesmo perante alertas constitucionais e sinais graves de desequilíbrio financeiro, o governo continue a ignorar o essencial, que é servir o povo e proteger o país. Não aceitaremos que o Estado seja reduzido a uma máquina de favores políticos, incompetência e conivência com quem rouba o futuro de Portugal", afiança, acrescentando que "Portugal precisa de ser defendido — não administrado com medo, submissão ou conveniência — e precisa de líderes que enfrentem, sem hesitação, os poderes instalados que sufocam a Nação".