“A prevenção [do cancro] pode salvar milhares de vidas na Região”, avisa o PS
Sílvia Silva, do PS, fez, esta manhã, a defesa do Projecto de Decreto Legislativo Regional - PLM/XV/2025/119 - Realização regular de estudos epidemiológicos regionais sobre o cancro na Região Autónoma da Madeira, chamando a atenção para a elevada prevalência de alguns determinados tipos de cancro.
“As doenças oncológicas são actualmente a principal causa de morte prematura em Portugal, responsáveis pela significativa perda de anos de vida saudável, o que realça o impacto social destas patologias na população portuguesa. A Região Autónoma da Madeira não escapa a esta tendência e, em 2023, de acordo com a Direcção Regional de Estatística da Madeira, ‘os tumores malignos foram a principal causa de morte entre a população madeirense na faixa etária entre os 30 e os 74 anos’, ultrapassando as mortes por doenças do aparelho circulatório”, começou por referir, numa intervenção que pede a identificação de factores de risco por forma a combater estes números.
O presente diploma, apresentado esta manhã, estabelece, em outros, a obrigatoriedade da realização regular de estudos epidemiológicos regionais sobre o cancro, com base nos dados do Registo Oncológico Nacional (RON), criado pela Lei n.º 53/2017, de 14 de julho, com vista à identificação de fatores de risco específicos da Região Autónoma da Madeira para determinados tipos de cancro com prevalência ou incidência relevante, visando melhorar a prevenção, o diagnóstico precoce, a sobrevivência e reduzir a mortalidade associada à doença oncológica na Madeira e em Porto Santo.
A propósito desta primeira intervenção, Paulo Alves, do JPP, juntou-se às críticas, acusando o Governo Regional de estar mais interessado em construir campos de golfe do que em apostar na área da saúde. Albuquerque "vive obcecado com campos de golfe".
O deputado da IL, Gonçalo Maia Camelo, disse que estamos a discutir "mais um diploma legislativo, neste caso um decreto legislativo regional, sem consultas a entidades do setor. Não foi ouvido o Instituto Português de Oncologia (IPO), a Ordem dos Médicos, nem outras entidades relevantes. Enfim, é o que temos”.