Fátima Aveiro vai "desfazer bloqueios desta Câmara para abrir novos supermercados"
A candidata do JPP à Câmara Municipal do Funchal promete "desfazer bloqueios desta Câmara para abrir novos supermercados no Funchal" e assegura uma "mudança nas prioridades, uma viragem na forma de tratar os assuntos da cidade, com transparência, verdade e palavra para honrar".
Numa acção de contacto com a população, esta manhã, afirmou que "a escolha dos funchalenses no próximo dia 12 ou é no projeto JPP que apresenta uma equipa com pessoas que não dependem da política e têm carreiras profissionais consolidadas, e um programa com soluções objetivas para as necessidades das pessoas, ou escolhem a candidatura PSD/CDS, para deixar tudo na mesma, porque se revela sem ideias, sem agenda, sem programa e com um candidato que promete fazer agora o que não foi capaz de fazer em 10 anos no Governo onde coordenou a política governamental".
Aliás, indicou que o partido prima por um "modo diferente de tratar melhor dos nossos, com autonomia e sem interferências da Quinta Vigia, uma independência que a candidatura PSD/CDS infelizmente não pode garantir”. "Temos um plano para solucionar o problema da falta de habitação, que o PSD/CDS deixou andar até chegarmos a esta situação, utilizando o património rústico e urbano pertença da Região e do município, mas também os prédios devolutos”, explanou. “Temos as fontes de financiamento identificadas, nomeadamente verbas do IHRU, da União Europeia e receitas do município", explicou Fátima Aveiro.
A candidata assumiu que vai estar atenta à anunciada redução do IVA de 22% para 6% na construção de novas habitações, "pois trata-se de uma medida com significado para quem pretende construir a sua própria casa, mas esse diferencial tem que se reflectir obrigatoriamente numa redução do custo da construção".
A cabeça-de-lista do JPP diz concordar com o ministro das Infraestruturas e Habitação quando afirma que a “Autoridade Tributária vai ter chicote na mão para controlar o processo”, mas lembra que esta determinação do ministro Miguel Pinto Luz “tem de ser muito bem vigiada na Madeira, porque aqui ouve-se o presidente do Governo dizer que não reduz o IVA porque a redução não chega às pessoas, é consumida pelos empresários, mas isso só acontece porque não há fiscalização".
A candidata considera que “há vícios e práticas instaladas na forma de fazer política na Madeira que prejudicam claramente o cidadão comum e protege sempre os monopólios”, declara.
Vamos alterar isto se as pessoas confiarem em nós. Temos de cuidar primeiro de quem vive e trabalha no Funchal. Arrendar ou comprar casa é um direito, não pode ser o luxo que encanta PSD/CDS porque aumenta-lhes a receita fiscal para depois nem sequer melhorarem a qualidade de vida das pessoas, das zonas altas, investir na mobilidade com alternativas que vão muito para além do automóvel, acabar com o caos no trânsito que se tornou um inferno para ir trabalhar e deixar os filhos à escola, cuidar dos jardins e dos espaços públicos. Fátima Aveiro
Fátima Aveiro afirma-se “determinada” em trazer para a política “novas formas de pensar, de planificar e implementar as necessidades das pessoas, das famílias, dos jovens, da classe média, e de quem trabalha porque apesar de ter trabalho vive todos os meses com enormes dificuldades, mas também no relacionamento com as empresas, os empresários, as instituições, tudo isto se deve a um ciclo com 50 anos, que se apresenta gasto, cansado, que já nem os problemas mais comuns é capaz de resolver porque está amarrado a grupos e monopólios”. A independente que lidera a lista do JPP confessa-se “transtornada” com as 72 mil pessoas em situação de pobreza, com os 62.800 que vivem com 591 euros mensais, mas também com todos aqueles com salários brutos mensais de pouco mais de 1.400€ (dados de segundo trimestre de 2025). “Com as rendas e os preços das casas dos mais altos do país, com uma inflação muito acima do continente e até dos Açores, com salários mais baixos, que sociedade é esta que PSD/CDS estão a criar?”, pergunta. “É por isso que vou desfazer desbloqueios desta Câmara, que travou a abertura de lojas do Lidl no centro da cidade, para permitir a abertura do Funchal a novos investimentos no retalho alimentar, farei tudo o que puder para atrair à cidade novas redes de supermercados, porque a concorrência é uma forma direta de baixar o custo dos bens alimentares, portanto, o custo de vida.”