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Israel devolveu 30 corpos de palestinianos em troca de restos mortais de dois reféns

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Foto ShutterStock

Israel devolveu hoje os corpos de 30 palestinianos ao Hospital Nasser em troca dos restos mortais de dois reféns israelitas que foram devolvidos na quinta-feira pelo Hamas, anunciou o centro médico.

"Os corpos de 30 prisioneiros palestinianos foram recebidos do lado israelita como parte do acordo de troca", afirmou o hospital, situado em Khan Yunis [no sul da Faixa de Gaza], à agência de notícias AFP.

No total, em troca de 15 corpos israelitas, foram devolvidos 225 corpos palestinianos de acordo com os termos do acordo de cessar-fogo em vigor desde 10 de outubro.

Desde então, o Hamas devolveu também os restos mortais de dois reféns não israelitas, um tailandês e um nepalês.

O gabinete do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, afirmou na noite de quinta-feira que os restos mortais devolvidos eram de Sahar Baruch e Amiram Cooper, ambos feitos reféns durante o ataque do Hamas em 07 de outubro de 2023, que desencadeou a guerra entre Israel e o grupo islamita palestiniano.

O braço armado do Hamas, as Brigadas Al-Qassam, afirmou ter recuperado os corpos dos dois reféns israelitas na terça-feira e declarou que iria devolver um dos corpos.

No entanto, em virtude do bombardeamento israelita à Faixa de Gaza, que ocorreu desde a tarde até à madrugada de quarta-feira, o grupo militante adiou a entrega.

Noutras ocasiões, o Hamas devolveu corpos que não correspondiam a nenhum dos restantes reféns no enclave.

O incidente mais recente ocorreu na noite de segunda-feira, quando a milícia devolveu os restos mortais de um homem cujo corpo o Exército já tinha removido de Gaza em 2023.

Esta situação, somada ao facto de a descoberta do corpo ter sido orquestrada pelo Hamas e à morte de um soldado num alegado ataque dos islamitas no sul da Faixa de Gaza, tornou-se uma das justificações de Israel para bombardear Gaza na terça-feira, matando 110 pessoas, mais de metade mulheres e crianças, em ataques condenados pela ONU.