Com a chegada da chuva aumentam também os riscos na estrada. O piso escorregadio muitas vezes acaba por provocar acidentes e danos significativos nas viaturas envolvidas.
É nestas alturas que o seguro automóvel torna-se um verdadeiro aliado, especialmente o chamado seguro ‘Contra todos os riscos’. Saiba o que cobre este tipo de seguro e se vale a pena aderir ao mesmo.
A verdade é que nenhum seguro cobre todos os riscos. Mesmo as apólices mais completas deixam de fora várias situações, como condução sob efeito do álcool, falta de manutenção do veículo ou ausência de inspeção.
Segundo a Deco Proteste, o seguro ‘Contra todos os riscos’ é o seguro de danos próprios. “Este acrescenta ao seguro automóvel obrigatório (de responsabilidade civil) uma cobertura mais ampla, que protege o próprio veículo do segurado”, informa.
O seguro de danos próprios está dividido em várias categorias, explica a Deco Proteste.
O seguro protege contra danos causados no veículo em caso de colisão ou capotamento. A seguradora paga a reparação mesmo que o condutor seja o responsável pelo acidente. Se for roubo ou furto, o prejuízo financeiro será minimizado. Os danos provocados no veículo também estão abrangidos por esta cobertura.
O seguro abrange actos de vandalismo, como riscos na pintura com objectos, pneus cortados ou furados e espelhos partidos e danos causados por um acidente isolado (uma pedra que salta e atinge o para-brisas ou a queda acidental de um objecto, por exemplo).
Abrange ainda acidentes causados por fenómenos naturais, nomeadamente danos causados por chuvas fortes ou vento.
Garante que o condutor do veículo e os ocupantes que viajem no veículo segurado no momento do acidente são tratados e compensados em caso de lesão, independentemente de quem causou o acidente. Cobre despesas médicas e hospitalares, e indemnizações em caso de invalidez permanente ou morte.
Garante que o condutor do veículo e os ocupantes que viajem no carro segurado no momento do acidente são tratados e compensados em caso de lesão, independentemente de quem causou o acidente. Além disso, cobre despesas médicas e hospitalares, e indemnizações em caso de invalidez permanente ou morte.
Dá também apoio imediato quando o veículo fica imobilizado, por avaria
ou acidente.
Em suma, o ‘Seguro contra todos os riscos’ é uma boa protecção, mas não é
infalível. As principais vantagens são as seguintes: Protege o valor comercial
do carro, em caso de danos acidentais, mesmo que o responsável pelos danos seja
o próprio condutor; cobre danos do próprio condutor, se o seguro tiver a
cobertura de Protecção ao Condutor e Ocupantes (tal como acontece com seguros
menos abrangentes); abrange riscos imprevisíveis como roubos, incêndios
acidentais e fenómenos naturais (se contratadas as coberturas) e maior proteção
financeira em carros novos ou de valor elevado.
Mas também há desvantagens: habitualmente, aplica-se uma franquia, que é
suportada pelo tomador do seguro; prémio mais caro que o seguro obrigatório e exclui
várias situações, como a condução sob efeito do álcool, sem que haja nexo de
causalidade entre o álcool no sangue do condutor e o acidente.
É obrigatório?
Não. O único seguro obrigatório é o de responsabilidade civil automóvel. O de danos próprios é facultativo, mas fortemente recomendado para carros novos ou de valor comercial elevado.