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Lituânia fecha fronteira com Bielorrússia após incidentes com balões

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A Lituânia fechou a fronteira com a Bielorrússia depois de o aeroporto internacional de Vilnius, capital lituana, ter deixado de operar hoje pela terceira noite consecutiva, após a deteção de balões no espaço aéreo do país báltico.

"A Lituânia fecha indefinidamente a sua fronteira com a Bielorrússia", informou a rádio e televisão pública lituana LRT, citando como fonte o Centro Nacional de Gestão de Crises.

A decisão de fechar a fronteira com a Bielorrússia foi tomada pouco depois de o aeroporto de Vilnius ter anunciado perto das 20:00 que suspendia todas as operações de voo devido a balões meteorológicos, supostamente utilizados para o contrabando de cigarros, que voavam em direção ao espaço aéreo lituano a partir da Bielorrússia.

O aeroporto da capital lituana indicou no seu ´site´ que esperava retomar as operações por volta das 23:40 GMT.

Num comunicado de imprensa publicado este domingo, o Ministério do Interior da Lituânia, responsável pelo Serviço de Guarda de Fronteiras, afirmou que "o número de balões de contrabando detetados em 2025 (557) é mais do dobro do que em 2024 (226)".

O ministério lituano também indicou que "entre janeiro e setembro de 2025, quatro quintos (80,1 %) dos cigarros importados da Bielorrússia para a Lituânia foram transportados por via aérea, utilizando balões ou outros veículos aéreos não tripulados".

No total, este ano foram apreendidos mais de 1,1 milhões de maços de cigarros transportados por via aérea, dos quais cerca de 800 mil foram transportados utilizando balões.

De acordo com os meios de comunicação lituanos, os envios de cigarros contrabandeados suspensos em balões costumam incluir um cartão SIM para que os destinatários possam localizá-los.

Isso também permitiu à polícia lituana encontrar o local onde as cargas contrabandeadas aterram e deter as pessoas que as recolhem.

O Executivo lituano e o exército do país báltico debateram a possibilidade de abater os balões que transportam material contrabandeado, mas prevaleceu a opinião de que tais ações acarretariam o risco de causar danos a pessoas e propriedades em terra, devido à queda de cargas de grande altura.