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Madeira

Taxa de risco de pobreza na Madeira desceu 8,4 pontos percentuais entre 2017 e 2023, destaca GR

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A taxa de risco de pobreza na Região Autónoma da Madeira registou uma descida de 8,4 pontos percentuais entre 2017 e 2023, destacou esta sexta-feira, 17 de Outubro, a secretária Regional da Inclusão, Trabalho e Juventude, Paula Margarido, durante a sessão de abertura do V Fórum Regional de Combate à Pobreza e Exclusão Social, que decorreu no Centro Cultural e de Investigação do Funchal.

O evento, organizado pela EAPN Madeira – Rede Europeia Anti-Pobreza, em parceria com o Governo Regional, reuniu representantes institucionais, investigadores e técnicos do sector social para debater temas como a infância, a habitação, a população em situação de sem-abrigo e o equilíbrio entre o turismo e a comunidade.

Na ocasião, a governante apontou indicadores mais recentes (2023) que colocam a taxa de risco de pobreza da Madeira em 19,1%, quando medida com base na linha de pobreza nacional, correspondente a 60% da mediana nacional, valor inferior ao registado nos Açores (24,2%) para o mesmo ano. Os dados têm por base o Inquérito às Condições de Vida e Rendimento (ICOR), realizado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

Paula Margarido referiu ainda que, utilizando linhas de pobreza regionais de 2023, que consideram 60% da mediana de cada região, a Madeira apresenta uma taxa de 17,0%, abaixo da observada na Grande Lisboa (19,2%) e em linha com outras regiões do continente. Em termos comparativos europeus, a taxa de pobreza nas Canárias foi de 24,6% em 2024.

Durante o evento, a governante anunciou o reforço do protocolo de cooperação entre o Governo Regional e a EAPN Madeira, no montante de 138 mil euros para o triénio 2025-2027, com o objectivo de apoiar acções de formação, produção de conhecimento e intervenção social qualificada.

A secretária Regional sublinhou, ainda, que a pobreza "é um fenómeno multidimensional, que ultrapassa a falta de rendimento e envolve condições de habitação, educação, saúde, pertença comunitária e bem-estar emocional".

“Combater a pobreza é mais do que uma política pública, é uma escolha ética e civilizacional”, afirmou Paula Margarido, apelando à continuidade do trabalho conjunto entre o Estado, as IPSS, as autarquias e a comunidade para “gerar impacto real e justiça social”.