O Nobel da Paz para Trump

A grande aspiração de Trump (DT) é receber o Nobel da Paz e talvez o tivesse conseguido se o cessar-fogo entre Israel e os terroristas do Hamas se tivesse materializado mais cedo, ainda que falte implementar o mais importante uma Paz efetiva entre Israel a Palestina e outros países da região.

Assim o Nobel da Paz deste ano foi para Maria Corina Machado a líder da luta política pelo retorno da democracia à Venezuela, opondo-se à “ditadura militar” encabeçada por Nicolás Maduro (NM) o “capacho” da “junta militar” que o mantém no poder violando as mais elementares normas democráticas, nomeadamente nas últimas eleições presidenciais, ao interromper a contagem de votos quando ficou patente que NM seria amplamente derrotado.

Há quem se interrogue se o Nobel da Paz não deveria ser exclusivamente para pessoas/organizações que contribuam de forma decisiva para a Paz no Mundo, o que não foi o caso deste ano tal como já acontecera no passado, ainda que fruto da não existência de um Nobel específico para quem luta pela Liberdade e a Democracia se possa aceitar que o Nobel da Paz cumpre esse objetivo.

Têm sido muitas as críticas a DT pelo seu egocentrismo, tiques autocráticos, apelos xenófobos e pelas “fake news”, algumas delas autênticas imbecilidades, para denegrir os seus opositores e atingir os seus objetivos políticos.

Com uma forma muito peculiar de levar a cabo essas negociações ora pondo-se do lado do beligerante que mais lhe poderá aportar ganhos a nível estratégico/económico, ora tendo em conta também interesses mais de acordo com a justiça e o direito internacional, nomeadamente quando se sente pressionado por outros “players” decisivos para levar a bom termo a sua agenda negocial, como aconteceu agora nas negociações de cessar fogo entre Israel e os terroristas do Hamas.

Temos no entanto de reconhecer que DT tem desenvolvido esforços no sentido de encontrar soluções para a paz mundial, ainda que pouco lhe interesse se contribuem para uma paz justa, como tem acontecido com a guerra de agressão violadora do Direito Internacional imposta pela Rússia do autocrata Putin à Ucrânia, tendo inicialmente tentado que a Ucrânia aceitasse uma “paz cartaginesa” injusta e favorecendo o agressor, apenas e só porque esse seria o caminho mais rápido e que melhor serviria os seus interesses estratégicos/económicos.

Se DT através das suas negociações contribuir para uma Paz efetiva e JUSTA não só no Médio Oriente como na guerra imposta pela Rússia à Ucrânia, então sim merecerá sem dúvida, e apesar de todas as sua idiossincrasias, o Nobel da Paz.

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