A Escolha entre a Estabilidade ou a Ingovernabilidade

Decorrido o XXXI Congresso Nacional do CDS-PP que afirmou José Manuel Rodrigues como o homem forte das próximas eleições regionais e figura central em todo do congresso com apoio incondicional de todos os que usaram da palavra, aplaudindo a capacidade de resiliência do CDS Madeira, eis que estamos perante a hora da verdade.

Depois do sucesso governativo em coligação, enquanto força política garante da estabilidade na Madeira, ultrapassada a primeira prova de vida que culminou com o regresso do partido à Assembleia da República, o CDS-PP tem aqui a sua segunda prova de fogo a nível Nacional e na sua sobrevivência.

Para além da sua oposição a uma esquerda que está sempre a falar de liberdade, mas que não aceita a liberdade dos outros, assim como do radicalismo económico, onde o lucro e meritocracia são uma utopia, assim como da tradicional e sindicalista da outra esquerda, o CDS-PP também é oposição ao populismo do Chega e à sua irracionalidade na gestão dos dinheiros públicos, compromissos assumidos internacionalmente, e das liberdades mais elementares.

Durante largos anos o CDS na Madeira foi oposição àqueles que ainda na sua social democracia, tentam ocupar o espaço do CDS, mas nunca serão capazes de o fazer, pois a sua ambição é tão grande que não preenchem o vazio que a sua doutrina exige.

Perante a convulsão a que assistimos no passado fim de semana no Congresso do PSD Madeira, onde, estrategicamente, se apelou ao voto dos seus descontentes internos no extremismo, ao não impor linhas vermelhas, demonstrando um certo desespero de causa e luta pela sua sobrevivência enquanto força dominante, perante um CDS unido e sempre igual si próprio, os Madeirenses e Porto Santenses terão que escolher entre uma possível estabilidade à direita, ou uma coligação que, à semelhança do que aconteceu nos Açores, nos colocará novamente perante eleições antecipadas, dada o extremismo utópico característico dos programas dos partidos como o JPP, o Chega e a IL.

O Partido Socialista cresce perante uma onda de esquecimento de quem não teve vontade política para resolver os problemas da Madeira, fazendo oposição através da sua Governação no Continente.

Sendo o CDS Madeira um Partido de confiança, moderado e sobretudo capaz de garantir o futuro dos jovens e adultos das nossas Ilhas e além-fronteiras, torna-se importante apresentar um programa e uma estratégia para ganhar as eleições.

Para além de convencer os madeirenses, é necessário também convencer os descontentes dentro do PSD Madeira a votarem no Partido que melhor garante a gestão dos compromissos assumidos.

Este é o grande desafio do CDS-PP Madeira perante o Futuro dos Madeirenses e Porto-Santenses.

António Pedro de Jesus Nunes de Freitas