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eleições legislativas Madeira

CDU-Madeira fechou campanha com apelo ao voto no Bairro da Nazaré

Sílvia Vasconcelos aproveitou a ocasião para assinalar o Dia Internacional da Mulher

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A candidatura da CDU-Madeira à Assembleia da República fechou a campanha no Bairro da Nazaré, local onde a cabeça-de-lista, Sílvia Vasconcelos, apelou ao voto e aproveitou o momento para assinalar o Dia Internacional da Mulher.

Em declarações aos jornalistas, Sílvia Vasconcelos recordou que, num momento em que se assinala a comemoração dos 50 anos de Abril, "a CDU assume um dos seus grandes compromissos de candidatura: impedir qualquer retrocesso humanitário no que respeita aos direitos conquistados para as mulheres portuguesas, a par das grandes conquistas da democracia portuguesa", tais como "o direito ao voto, ao trabalho e educação e à sua autodeterminação".

Depois de 50 anos de grandes conquistas humanitárias, sociais, democráticas as forças políticas de direita querem fazer retroceder direitos como a IVG, sugerindo mesmo um novo referendo, medida, esta sustentada não só pela AD mas também pelo Chega. Este último, emana discursos machistas e misóginos que estariam à altura de um tempo medievo, e, despudoradamente, até se candidatam às eleições condenados, pertencentes àquela ala política, por violência doméstica. Já a AD não foge ao mesmo padrão, aliada ao PPM, encabeçado por um elemento que boçalmente debita machismo e misoginia mesmo em intervenções públicas. Sílvia Vasconcelos

No que diz respeito ao combate à diferença de remuneração com base no género, "que coloca as mulheres portugueses com uma diferença salarial de cerca de 16% em inúmeros sectores profissionais abaixo da remuneração masculina", Sílvia Vasconcelos lembrou que "forças como o PSD/CDS/PAN e Chega, no Parlamento Regional, abstiveram-se perante esta proposta e a IL votou mesmo contra".

"Por outro lado, o PSD, nesta Região Autónoma, tem obstaculizado a regulamentação da Lei da Paridade, tornando-se evidente a posição política destas forças políticas em relação à igualdade de género, em relação aos direitos plenos das mulheres na nossa sociedade", argumentou.

A CDU não quer uma sociedade onde a desigualdade, seja ela qual for, persista. Por tal, no que concerne aos direitos constitucionais das mulheres continuaremos a debatermo-nos contra a violência doméstica e de género, tornando mesmo o crime da violação em crime público, e a pugnar pela igualdade salarial para salário igual, pela igualdade de oportunidades no trabalho e pela aplicação da lei da paridade na Região. Travaremos qualquer retrocesso aos direitos das mulheres e faremos tudo para que seja igual na nossa sociedade dizer meu homem ou dizer minha mulher. Sílvia Vasconcelos