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Regionais 2023 Madeira

Comissão Política do PAN Madeira prossegue com apenas três elementos

Mónica Freitas não marcou presença neste encontro e Joaquim Sousa coloca a hipótese da sua demissão, em função da posição que será assumida por Inês Sousa Real

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Foto Hélder Santos/ASPRESS

Apenas três membros da Comissão Política do PAN Madeira marcaram presença na reunião convocada para esta tarde por Joaquim Sousa.

Aos jornalistas, o porta-voz regional do partido disse que, depois de aguardada a meia hora regulamentar, a reunião prosseguirá.

Sobre a ausência de Mónica Freitas, deputada eleita pelas listas do PAN, Joaquim Sousa disse ser "o exemplo de democraticidade" do partido, neste momento.

"A senhora deputada assina acordos sem consultar a estrutura regional, sem consultar a estrutura nacional, que vai reunir ainda hoje para, também, analisar o acordo hipoteticamente assinado, como vem na nota da Comissão Política nacional, e recusa-se a vir à Comissão Política regional", apontou aquele porta-voz. 

"Começamos mal", realçou, para notar que Mónica Freitas se recusa debater com "os militantes eleitos e representativos da Madeira" o acordo de incidência parlamentar por ela assinado. 

Tenho hoje muitas dúvidas e desconfio que o PAN venha a cumprir algum dos seus objectivos e realmente qual será o interesse da deputada eleita, e quiçá, da senhora porta-voz nacional perante situações destas, em que os militantes são desrespeitados, em que os votantes são desrespeitados, em que o partido, por ventura, hoje, já não existe. E, eu próprio e os restantes membros vamos debater, daqui a pouco, se vale ou não vale a pena nós continuarmos nesta luta. Joaquim Sousa, porta-voz regional do PAN

A par disso, Joaquim Sousa que num primeiro momento recusa demitir-se, afiançando que não será destituído, "garantidamente", ainda que não deixe de manifestar tristeza com toda esta situação, no final já admite esse cenário de afastamento, consoante a posição assumida pela líder nacional do partido.

Disse, de caminho, que só tomará "uma medida séria", se Inês Sousa Real, depois da reunião da Comissão Política Nacional do PAN, apontar alguma ilegalidade à decisão de Mónica Freitas em assinar o acordo com a coligação 'Somos Madeira'. "Sou alguém legalista, não aceito estar a compactuar com ilegaliades sistemáticas que vêm a ser praticadas desde o dia 6 de Agosto, que atacam o bom nome do partido, que atacam o bom nome das pessoas que estão ligadas ao partido", acrescentou. 

Sobre as divisões internas no PAN Madeira, o ainda porta-voz regional referiu que "Inês Sousa Real provocou o caos no PAN Madeira para que ela pudesse gerir o PAN Madeira como ela queria", algo que não é aceitável.