Resposta ao PCP e às “lições de liberdade”

1. “O PCP não recebe lições de liberdade”. Não recebe lições e tão pouco quer aprender, e por isso mesmo mantém o mesmo conceito de liberdade aberrante, distorcido e retorcido do tempo da ditadura comunista da ex-União Soviética (US), para justificar o seu apoio a práticas de governação em que as liberdades democráticas ou não são respeitadas ou são pura e simplesmente suprimidas, como na Rússia de Putin. Na Coreia do Norte de Kim Jong-un ou na R.P. da China.

2. “De forma indigna, alguém recorreu a um episódio ido sobre uma deslocação do Senhor Manuel Rocha, militante do PCP, a Donetsk para discorrer todos os ódios mais primários de uma orquestrada campanha anticomunista”. O episódio seria “ido” se tivesse acontecido há muito tempo o que não é o caso pois o referido simulacro de eleições ocorreu no passado dia 10 de setembo.

O PCP quiçá devido à proximidade das eleições na RAM, demarcou-se do seu “observador” em Donetsk, só não se demarcou da ilicitude dessa farsa eleitoral violadora do Direito Internacional e condenada pela generalidade dos países.

3. “O PCP afirma que não recebe de anónimos ou de outros infiltrados lições sobre a luta pela liberdade, sobretudo, da parte de quem nada e nunca fez pela conquista da liberdade em Portugal”. Os mais antigos como eu que viveram a transição da ditadura para a democracia sabem perfeitamente que as “amplas liberdades” proclamadas por Álvaro Cunhal no pós 25 de Abril tinham a ver apenas e só com a tentativa de o PCP implementar em Portugal uma ditadura comunista sob o patrocínio da US em substituição da ditadura salazarista do Estado Novo. Democracia e liberdade os portugueses devem-nas exclusivamente aos militares que protagonizaram o golpe militar de 25 de Abril de 1974, e a si próprios por através de eleições livres e democráticas nunca terem permitido que o poder político caísse na mão de partidos cujo conceito de liberdade é apoiar regimes ditatoriais ou autocráticos.

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