Regionais 2023 Madeira

Líder da IL recusa condicionamentos à actividade política na Região

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O líder da IL, Rui Rocha, recusou hoje quaisquer condicionamentos à atividade política do partido na Madeira feitas pela candidatura da coligação PSD/CDS-PP, assegurando que os liberais estão na região "para ficar".

"Quero deixar uma mensagem muito clara dirigida à Quinta Vigia, quero dizer que a IL está cá, está cá para ficar, que não somos condicionáveis, que não deixamos que Miguel Albuquerque [cabeça de lista da coligação Somos Madeira e presidente do Governo Regional] condicione a nossa atividade política", afirmou Rui Rocha, em declarações aos jornalistas antes de uma ação de campanha para as eleições madeirenses, no Mercado dos Lavradores, no centro do Funchal.

Considerando que "há um travo a azedo na Madeira", o líder da IL relatou que há militantes e simpatizantes do partido que "não têm a liberdade de participar" nas ações do partido, que "têm medo, que sofrem condicionamentos para manifestar a sua visão política".

Além disso, há também casos de empresários com espaços onde a IL realiza encontros e eventos que "são depois advertidos que isso pode prejudicá-los", acrescentou.

"Estamos praticamente na comemoração dos 50 anos do 25 de Abril, temos que ter uma Madeira mais livre do que tivemos nos últimos anos, a IL está cá para abrir as portas para que corra uma brisa liberal na Madeira, não somos condicionáveis, não nos detemos por qualquer tipo de condicionamento", assegurou Rui Rocha.

Corroborando as declarações de Rui Rocha, o cabeça de lista da IL às eleições regionais de dia 24, Nuno Morna, recordou o 'chumbo', em junho, de uma proposta apresentada pelo PCP na Assembleia Legislativa da Madeira para eliminar as restrições ao voto antecipado e em mobilidade para o parlamento da região.

Voto antecipado em mobilidade será a primeira proposta a apresentar pela Iniciativa Liberal

"A primeira proposta a apresentar pela Iniciativa Liberal será para que o voto antecipado e em mobilidade se torne realidade", anunciou hoje Nuno Morna. O cabeça-de-lista do liberais às Regionais 2023 considera que a medida servirá "para que os madeirenses deixem de ser tratados como portugueses de segunda".

"Eles também têm medo e esse medo está muito presente no facto de não terem autorizados os madeirenses a votar nestas eleições, nas suas eleições, em mobilidade e antecipadamente", disse, lembrando que apenas PSD e CDS-PP votaram contra a proposta dos comunistas, que mereceu o apoio da restante oposição (PS e JPP).

O voto antecipado e em mobilidade não é permitido nas eleições para as assembleias legislativas da Madeira e dos Açores e o PCP pretendia remeter a proposta de alteração à Assembleia da República, mas a maioria PSD/CDS-PP considerou que se corria o risco de a lei ser alterada na globalidade, prejudicando a "vontade dos madeirenses"

Às legislativas da Madeira concorrem 13 candidaturas, que vão disputar os 47 lugares no parlamento regional, num círculo eleitoral único.

PTP, JPP, BE, PS, Chega, RIR, MPT, ADN, PSD/CDS-PP (coligação Somos Madeira), PAN, Livre, CDU (PCP/PEV) e IL são as forças políticas que se apresentam a votos.

Nas anteriores regionais, em 2019, os sociais-democratas elegeram 21 deputados, perdendo pela primeira vez a maioria absoluta que detinham desde 1976, e formaram um governo de coligação com o CDS-PP (três deputados). O PS alcançou 19 mandatos, o JPP três e a CDU um.