O Serviço Regional de Saúde (SESARAM) deu conta, esta quarta-feira, do que considera ser mais um passo na recuperação do seu sistema informático, que foi alvo de um ciberataque há mais de duas semanas, desta feita com a activação do sistema proprietário de gestão de toda a actividade do Serviço de Sangue e Medicina Transfusional (SSMT), vulgo 'Banco de Sangue'. 

No comunicado diário enviado às redacções, aquela empresa pública do sector da saúde nota que, a partir de agora, "todos os serviços clínicos do SESARAM passam a requisitar electronicamente os pedidos de unidades de sangue e derivados".

Na prática, o Sistema de Gestão de Imunohemoterapia (SIGI) "permite a simplificação e automatização das tarefas nos processos e o tratamento e organização eficaz do grande volume de informação produzida diariamente, facilitando assim a comunicação interna e a integração de toda a informação envolvida", garantindo uma melhor gestão do sangue e respectivos componentes disponíveis. 

O SESARAM reforça que a activação do seu plano de contingência após o ataque "permitiu continuar com a toda a actividade em ambiente seguro, com qualidade e de forma a garantir a sustentabilidade e auto-suficiência em componentes sanguíneos para toda a RAM", para o que muito tem contribuído da disponibilidade dos dadores, a quem a empresa pública agradece. 

Voltam a ser reiterados os apelos para que os utentes que se desloquem a uma unidade de saúde do SESARAM levem consigo toda a informação clínica que tenham em sua posse, bem como para que os utentes que usem a aplicação do SNS disponibilizem o seu uso para prescrição de medicação habitual.