A Guerra Mundo

Presidente da África do Sul defende fim da guerra por meios pacíficos

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O Presidente da República da África do Sul, Cyril Ramaphosa defendeu hoje o fim da guerra da Rússia na Ucrânia por meios pacíficos.

"Acreditamos firmemente que o diálogo, a mediação e a diplomacia são o único caminho viável para acabar com o conflito atual e alcançar uma paz duradoura", afirmou Ramaphosa.

Numa comunicação ao país, o chefe de Estado sul-africano frisou que a África do Sul defende "o princípio do respeito à integridade territorial e à soberania de todos os Estados e povos".

O líder sul-africano explicou que a África do Sul "resistiu" à pressão internacional para se "alinhar com qualquer uma das potências globais ou com blocos influentes de nações", sublinhando que "durante a Guerra Fria, a estabilidade e a soberania de muitos países africanos foram prejudicadas devido ao seu alinhamento com as grandes potências".

"Essa experiência convenceu-nos da necessidade de procurar parcerias estratégicas com outros países ao invés de sermos dominados por qualquer outro país", referiu.

Ramaphosa reiterou que Pretória não será "arrastada" para uma disputa entre potências mundiais.

"Em vez disso, o nosso país esforça-se em trabalhar com todos os países em prol da paz e do desenvolvimento global", avançou.

Nesse sentido, o chefe de Estado sul-africano vincou que Pretória está "totalmente comprometida" com os princípios da Carta das Nações Unidas, incluindo "o princípio de que todos os membros devem resolver as suas disputas internacionais por meios pacíficos".

"Através da iniciativa de Paz Africana, o nosso país continua envolvido em processos para garantir que as crianças que foram retiradas das suas casas na Ucrânia sejam devolvidas às suas famílias e que os prisioneiros de guerra sejam trocados", salientou.

Ramaphosa referiu que Pretória continua envolvida nas negociações sobre a reabertura do mar Negro para facilitar o fluxo de cereais.

"A África do Sul, como país-membro da comunidade das nações, continuará a desempenhar um papel construtivo nos assuntos mundiais", frisou.

O Presidente sul-africano anunciou que a África do Sul vai assumir em 2025 a presidência do grupo de nações do G20.

Esta será a primeira vez que as reuniões do G20 serão realizadas em África.

"A Cimeira do G20 em 2025 será uma oportunidade para a África do Sul liderar os desafios críticos enfrentados pela comunidade internacional", declarou Cyril Ramaphosa.

A ofensiva militar lançada em 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou, de acordo com os dados das Nações Unidas, a pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão -- justificada pelo Presidente Putin com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia -- tem sido condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.