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Pentágono garante assistência a militares no aborto e saúde reprodutiva

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O departamento de Defesa dos Estados Unidos garantiu ontem que vai continuar a dar assistência a militares que queiram interromper uma gravidez, se assim o desejarem, mesmo que haja oposição e bloqueio de um senador republicano.

"Não vamos mudar a nossa política, que garante a todos os membros das forças armadas o acesso justo a cuidados de saúde reprodutiva", disse a porta-voz do Pentágono, Sabrina Singh, em declarações aos jornalistas.

O senador do estado do Alabama, o republicano Tommy Tuberville, opõe-se a uma política do Pentágono de assistência financeira a militares que precisem de viajar para fazer abortos, por vários estados terem abolido o direito à interrupção da gravidez após uma decisão do Supremo Tribunal no ano passado.

Por causa dessa oposição, o senador está há vários meses a bloquear deliberadamente centenas de indicações para cargos militares.

A Marinha norte-americana, o Exército e os Fuzileiros Navais estão sem líder, por causa dos bloqueios do senador do Alabama.

O almirante Mike Gilday deixou o cargo de chefe da Marinha dos Estados Unidos na segunda-feira, e a sucessora designada, Lisa Franchetti, ainda não foi confirmada para o cargo pelo Senado norte-americano.

A almirante Lisa Franchetti, atual número dois e a primeira mulher indicada para comandar a Marinha dos Estados Unidos, combinará os dois cargos e atuará como interina.

Os chefes do Exército e do Corpo de Fuzileiros Navais estão na mesma situação, e a preocupação está a aumentar, já que Mark Milley, Chefe do Estado-Maior Conjunto dos EUA, também está de saída.

O Senado pode anular essa obstrução realizando uma votação em cada nomeação, mas o processo torna-se muito mais longo do que o procedimento habitual de aprovação por unanimidade, sem votos.