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Em quatro meses a ONU prestou ajuda humanitária a 990 mil venezuelanos

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Nos primeiros quatro meses de 2023, a ONU prestou ajuda humanitária a 990.000 venezuelanos, homens e mulheres, anunciou hoje o Escritório de Coordenação de Assuntos Humanitários da Organização das Nações Unidas (OCHA).

"Até abril de 2023, a resposta humanitária atingiu 990.000 pessoas (50% mulheres e 50% homens), com alguma forma de assistência, em 288 municípios e 24 estados da Venezuela", explica a OCHA em um comunicado.

No documento, o OCHA precisa que "até à data, em 2023, foram recebidos 85,9 milhões de dólares para assistência humanitária no país, com o Plano de Resposta Humanitária financiado a 11,4%".

Por outro lado, explica que "em preparação para a chegada da estação das chuvas (maio a novembro), continuam os esforços de formação e estão a ser atualizados os planos de contingência".

"No mês de abril, foi lançado o programa de refeições escolares quentes do Programa Alimentar Mundial", explica.

Os programas a que acudiram mais pessoas foram os da Saúde (597.000 pessoas), Segurança Alimentar e Meios de Subsistência (495.000 pessoas) e Água, Saneamento e Higiene (201.000 pessoas).

Segundo o OCHA verifica-se um aumento de pouco mais de 600 mil pessoas em relação ao relatório anterior.

"Isso deve-se à integração de beneficiários recorrentes que recebem algum tipo de assistência, como o Cluster de Segurança Alimentar e Meios de Subsistência, e crianças, adolescentes, pessoas com deficiência e funcionários de escolas alcançados por meio de atividades de alimentação escolar mês a mês".

O comunicado sublinha que "em meados de maio, uma delegação da Agência Brasileira de Cooperação visitou o país e reuniu-se com o Presidente, Nicolás Maduro, e funcionários do Governo venezuelano para trabalhar numa agenda conjunta de desenvolvimento".

"Durante a visita, a delegação brasileira e uma comissão venezuelana realizaram grupos de trabalho para discutir temas como agricultura, saúde, desenvolvimento territorial e fronteiriço", explica.

A delegação da Agência Brasileira de Cooperação e o Sistema das Nações Unidas, no país, também se reuniram para conversar sobre o contexto humanitário e o desenvolvimento no país e identificar áreas prioritárias de trabalho", explica.

Ainda em maio, o Sistema das Nações Unidas continuou a trabalhar com organizações da sociedade civil e movimentos sociais sobre o quadro regulamentar (projetos de lei atualmente em discussão no parlamento) que poderá ter impacto no trabalho destas organizações.

O objetivo, explica, é gerar ideias para a elaboração de propostas que tenham em conta as normas internacionais.