Madeira

Iniciativa Liberal exige "verdade e transparência"

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FOTO IL-M

Se todos nós devemos pautar a nossa vida pela transparência nos actos, mais se exige aos partidos políticos. A vida destes, em todos os campos, deve ser clara e entendível."

A afirmação é de Carla Chatterley, da Comissão Coordenadora da Iniciativa Liberal Madeira (IL-M), sublinhando que "mais de um ano depois de se saber que o CDS Madeira recebeu um empréstimo de 28,880 euros, por alturas da pré-campanha das últimas regionais, as perguntas que se puseram na altura mantêm-se pertinentes e sem resposta".

Porque é que essa verba foi distribuída por vários militantes, em fatias nunca superiores a 5.000 euros, e não caiu a mesma nas contas do partido que atravessava um momento financeiramente difícil? Quer o CDS convencer-nos de que um grupo de militantes se disponibilizou para ajudar, pedindo emprestado dinheiro que depois iriam emprestar ao partido? Se o dinheiro se destinava a pagar contas do partido, e visto estar em contas de militantes, como se processariam esses pagamentos? Cada um pagava com o dinheiro que tinha na sua conta as despesas pendentes? É isto legal? Se o empréstimo de César do Paço não foi usado, pois entretanto conseguiram um empréstimo bancário, porque não foi devolvido de imediato ou no momento em que o advogado deste contactou o líder regional do partido? Porque é que só foi devolvido 18 meses depois e após o contacto da SIC com o Secretário Regional da Economia? O argumento de que perderam o contacto com o mutuante não pega. No mínimo porque todas as transferências bancárias têm conta de origem. Carla Chatterley, da Comissão Coordenadora IL-M 

No texto enviado à comunicação social, a IL-M deixa mais questões: "E o dinheiro onde ficou este tempo todo? Nas contas das pessoas de confiança de Rui Barreto a ganhar juros?Como foi feita a devolução do dinheiro? A partir das contas dos militantes? De uma só vez de uma conta do partido?"

Carla Chatterley defende que "pela verdade e pela transparência, seria bom que estas perguntas fossem respondidas".

A IL-M considera que "ao PSD Madeira estas questões não fazem impressão nenhuma", mas ao partido "esta falta de resposta incomoda muito, pois é sempre avaliar os outros pelas companhias que escolhem". Por isso, sublinha que com a IL-M  "a táctica política do esquecimento não pega".