Comunidades Madeira

"De maneira nenhuma a Casa da Madeira pode fechar as portas”

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Foi durante a visita à Casa da Madeira, em Toronto, que o Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas deixou a garantia ao presidente da Assembleia Geral e conselheiro das Comunidades Madeirenses, José Rodrigues, que “o Governo da República está disposto a ajudar” a retirar a instituição da crise em que está mergulhada. 

No término da deslocação oficial ao Canadá que serviu para homenagear os 70 anos de emigração portuguesa para aquele país, 13 dos quais madeirenses, Paulo Cafôfo deixou palavras de incentivo aos actuais dirigentes, exortando-os a não esmorecer, “só desta forma”, sublinhou, “a Casa da Madeira terá futuro garantido”.

“A crise da Casa da Madeira não é boa para o futuro nem para a presença da Região nesta importante cidade no Canadá”,  Paulo Cafôfo, Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas

Um discurso de motivação e de alento justamente por saber que a instituição atravessa uma "crise" directiva profunda, motivada pela apresentação de diversas demissões, associado ainda à falta de voluntariado, interesse pela gestão da entidade com 60 anos de história, a par de um crescente envelhecimento da comunidade madeirense, constrangimentos que colocam a direcção liderada por Luís Bettencourt em sérias dificuldades.

“A crise da Casa da Madeira não é boa para o futuro nem para a presença da Região nesta importante cidade no Canadá”, afirmou, tendo a seu lado uma pequena parte dos órgãos sociais.

Ainda que o problema maior não seja financeiro porque não existem dívidas e o património é dos mais ricos de todas as Casas da Madeira, ainda assim Cafôfo afirmou que o Estado disponibiliza apoios para as actividades culturais, sociais e recreativas, uma forma de garantir maior atractividade, observou.

“De maneira nenhuma [a Casa da Madeira em Toronto] pode fechar as portas, porque fechar as portas era fechar portas à nossa história. A história da Madeira não se faz só na Madeira faz-se também no movimento associativo português”, expressou no final périplo ao Canadá que teve passagem por diferentes cidades e na qual teve a companhia, já na parte final do programa, do presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva, e do deputado do PS-M, José Miguel Iglésias.