Madeira

Câmara de Lobos inicia processo de revisão do diagnóstico social participado

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Decorreu esta manhã, na Câmara Municipal de Câmara de Lobos, a primeira reunião do grupo de trabalho que procederá à revisão do Diagnóstico Social do Concelho, cuja a primeira versão data de 2016. Este documento constitui-se como um instrumento metodológico de planeamento estratégico, que permitirá conhecer de forma profunda as transformações operadas no território nos últimos 6 anos e aferir novas necessidades de intervenção.

O Diagnóstico Social de Câmara de Lobos, pioneiro na R. A. da Madeira, é um instrumento metodológico de planeamento estratégico, que vem sendo implementado em Portugal Continental, no âmbito da medida Rede Social. O primeiro diagnóstico foi apresentado pelo município em 2016.

O mesmo constituiu-se como um instrumento fulcral de planeamento de medidas e definição de áreas prioritárias de intervenção no Concelho, com base no conhecimento da realidade concreta do território.

À semelhança da metodologia utilizada na construção da primeira versão deste diagnóstico, a abordagem será de forma partilhada e interdisciplinar, com o contributo das forças vivas locais, constituindo-se como um documento estratégico de suporte à definição das futuras políticas municipais.

Enquanto plataforma de articulação de parceiros sociais (públicos e/ou privados), assente no trabalho de parceria alargada, efetiva e dinâmica, o Diagnóstico Social de Câmara de Lobos assume-se, por um lado, como um instrumento de conhecimento do território no momento atual e, por outro lado, como um canal potenciador da criação de dinâmicas de parceria e de implicação dos parceiros no planeamento estratégico da intervenção social Diagnóstico Social Participado local, orientando a intervenção dos diferentes agentes locais para o desenvolvimento social.

Na reunião de hoje, foi apresentado, pelos parceiros que irão colaborar na elaboração da revisão do Diagnóstico, a EAPN – Rede Europeia – Anti- Pobreza, o cronograma e plano de intervenção a adotar para a elaboração do diagnóstico. Assim sendo a recolha de dados irá prolongar-se por 12 meses, sendo que nesta versão, além do Diagnóstico geral centrado no município como um todo, serão também realizados diagnósticos sociais de cada uma das freguesias do Concelho, numa lógica de obter um retrato mais pormenorizado de cada uma das freguesias, que permitam a adoção de estratégias e medidas de intervenção que promovam a coesão territorial por todo o município.

Este olhar sobre ao Concelho incidirá sobre oito áreas chave, Território e População; Saúde; Habitação Acessibilidade e Mobilidade; Educação e Formação; Mercado de Trabalho e Rendimento; Proteção Social; Proteção Civil e Segurança Pública; Tempos Livres, Cultura, Lazer e Cidadania.

A recolha de dados irá basear-se numa metodologia investigação-ação, bidimensional, com uma vertente quantitativa – recolha e análise de dados estatísticos - e uma vertente qualitativa, e será levada a cabo por uma equipa multidisciplinar que recolherá, ao longo de um ano, contributos e elementos estatísticos que permitirão voltar a mapear um conjunto de indicadores de caraterização do concelho essenciais para o seu conhecimento e definição das políticas para o seu desenvolvimento, bem como para aferir os resultados das políticas implementadas com base no Diagnóstico Social anterior.