Alerta pelo Clube Desportivo Nacional

A Assembleia Geral do Clube Desportivo Nacional do dia 3 de Abril, foi marcada numa data infeliz, como também o local da mesma. Deveria ter sido realizada no centro do Funchal, num dos auditórios, que felizmente existem na cidade.

É de lamentar, num dia importante para a Instituição, a presença de poucos sócios que tinham o voto como uma arma, para dizer Não a uma proposta ridícula que apresentaram aos sócios durante a assembleia.

Estive presente e nas intervenções dos sócios durante a assembleia, nenhum revelou estar contra os investidores, mas sim a forma como vão entrar na SAD do Nacional e as condições propostas no caso do clube, perder a maioria da SAD. A direção entregou aos sócios uma proposta, um conjunto de pontos, uma folha que nem assinada estava. A votação de braço no ar, revela amadorismo puro, nem foi um elemento da mesa da Assembleia Geral a contar os votos; numa reunião de condomínio fariam melhor.

Este cenário existente já era provável, alguns sócios alertaram na devida altura, para a o futuro da instituição, do futebol profissional, não escutaram e ignoraram.

Em 2025/26, a LPFP, em articulação com a Federação Portuguesa de Futebol (FPF), tem de apresentar ao governo uma proposta de projeto de lei para definir, entre outras, as condições da centralização dos direitos televisivos, o seu objetivo, a forma de serem vendidos os direitos, e o modelo de repartição financeira pelos clubes. São premissas que necessitam de serem avaliadas e podemos tirar proveito, se nessa altura estivermos a competir na Liga profissional.

Os apoios são escassos para manter um clube na competição profissional, até à data? Façam trabalho de casa, constituam plantéis de forma criteriosa, bem geridos e com alguma qualidade para se manter na liga.

Este momento seria o ideal para discutir em Assembleia junto aos sócios a transformação que vai haver no futebol profissional em Portugal. O nosso clube e os restantes, vão ser apetecidos, pelos tais ditos investidores.

A proposta da Direção do clube ganhou por um voto, quando a maioria dos 32 votos, foram de sócios que pertencem aos órgãos sociais do clube e sócios que estão ligados à estrutura do clube.

Refletindo, foi uma derrota desta direção, perante a proposta apresentada. Continuar a votar e estar ao lado desta direção, é dizer aos nossos antepassados, aqueles que fizeram a história do CDN, a todos os familiares que ‘lutaram’ por esta nobre Instituição, que não valeu a pena e enterrámos o clube por causa da febre do futebol profissional. Porquê esta pressa?

Sempre Clube Desportivo Nacional.

Duarte Silva - Sócio 523 do Clube Desportivo Nacional