Madeira

José Luís Nunes preocupado porque “o povo vai nu” em Portugal

Foto Miguel Espada/Aspress
Foto Miguel Espada/Aspress

O presidente da Assembleia Municipal do Funchal, José Luís Nunes, abriu a sessão ordinária desta sexta-feira com uma declaração em que abordou uma série de “episódios” relacionados com políticas do Governo da República que “conduzem à descredibilização nacional” e mostram que “o povo vai nu”.

O autarca eleito pela coligação Funchal Sempre à Frente (PSD e CDS) apontou os seguintes casos: a situação na TAP, em que “as verdades sobre pareceres e afins de hoje são as inverdades de amanhã”; a “prescrição de crimes graves” e de “lesa pátria” que permite que “indivíduos como José Sócrates permaneçam livres”; os problemas no sector da saúde; o “custo de vida galopante”, já que “medidas como IVA zero não têm repercussão”; e ainda as greves nas escolas, que “afectam a qualidade do ensino” e comprometem o futuro das gerações vindouras. “O momento actual faz-me lembrar a história infantil o ‘rei vai nu’.

Só que aqui não é o rei que vai nu. É o povo que vai nu”, declarou o presidente da Assembleia Municipal do Funchal, que alertou que o mais provável é o povo perder a confiança não só em quem confiou o voto como em toda a classe política.

José Luís Nunes fez ainda breves considerações sobre aspectos que o “inquietam” a nível local, designadamente a insegurança associada ao problema do consumo de droga e a falta de habitação. Em ambos os casos, manifestou ter esperança nas medidas que têm sido adoptadas pelo poder municipal e regional.

Apesar de haver 90 minutos para a intervenção dos munícipes nesta sessão da Assembleia Municipal, nenhum funchalense se inscreveu. A última reunião deste órgão autárquico tinha acontecido há dois meses, na freguesia de Santa Maria Maior.