Madeira

José Prada defende maior articulação entre as RUP’s

De acordo com o vice-presidente da Assembleia Legislativa da Madeira este é o caminho para fazer face às mudanças que se antecipam na Europa

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O vice-presidente da Assembleia Legislativa da Madeira (ALRAM) defendeu, hoje, que a melhor forma de as Regiões Ultraperiféricas (RUP) se posicionarem face às mudanças que se antecipam na Europa é se articularem melhor entre si. 

"A instabilidade que se vive no espaço europeu, em função da lamentável guerra contra a Ucrânia, não deixa margem para dúvidas de que a Europa que conhecemos hoje enfrentará, nos próximos anos, grandes mudanças relativamente às quais temos de estar conscientes e preparados, sabendo encontrar as melhores oportunidades de desenvolvimento e expansão e assumindo um caminho que, em conjunto com as demais Regiões Ultraperiféricas, será sempre mais fácil de percorrer e terá sempre muito mais força", afirmou José Prada no lançamento do Livro 'As Regiões Ultraperiféricas Atlânticas: Ponte(s) entre a UE e os EUA'.

 O vice-presidente da ALRAM considerou o novo livro, coordenado por Isabel Valente, uma obra "oportuna" face aos desafios que se colocam ao projecto europeu e, dentro deste, a cada uma das Regiões Ultraperiféricas. A apresentação do livro coube a à directora regional dos Assuntos Europeus, Fernanda Cardoso. 

Tal como no passado, importa que continuemos atentos e interventivos, ajustando-nos às circunstâncias e garantindo, sempre, que a Madeira cumpra os seus objetivos e faça valer a sua importância dentro deste projeto europeu, que só tem a ganhar quanto mais valorizar a sua ultraperiferia. José Prada, vice-presidente da ALRAM

Na ocasião, José Prada fez questão de sublinhar a necessidade de garantir, neste cenário de abertura a novas pontes de entendimento, várias premissas, entre as quais a progressiva vivacidade do projecto europeu e dos valores que estiveram na sua génese, a mudança do paradigma quanto às RUP’s - no sentido de assumir que as mesmas representam não um ónus, mas, sim, uma mais-valia para a Europa, do ponto de vista da sua afirmação enquanto potência no mundo e, no caso de Portugal, na sua afirmação atlântica.

O vice-presidente da ALRAM apontou, também, o necessário reforço da capacidade de intervenção da Região no processo da construção europeia, nas matérias que sejam do seu interesse específico, entendendo que esse mesmo reforço deverá ser assegurado na próxima revisão constitucional. 

José Prada que, ainda na sua intervenção, enalteceu o trabalho "notável" desenvolvido na Região graças à integração na União Europeia e aos Fundos Estruturais. "Uma oportunidade única para que as regiões ultraperiféricas se integrem nos mercados mundiais e nas economias de escala”, disse.