“Inadmissível e repudiável”. É desta forma que o Núcleo de Emigrantes do PSD-M encara o chumbo, por parte do PS na Assembleia da República, a uma proposta aprovada na Assembleia Legislativa da Madeira, que tinha por objetivo garantir um tratamento justo aos cidadãos estrangeiros em Portugal sem título de viagem válido.

De acordo com Carlos Fernandes, coordenador deste núcleo social-democrata, esta era uma medida que poderia ajudar "não só os mais de 2.400 venezuelanos que não têm, neste momento, nacionalidade portuguesa, mas que vivem na Região Autónoma da Madeira, como também os outros milhares de venezuelanos e estrangeiros que vivem no restante território nacional". 

“Depois de várias ameaças durante o debate no Parlamento Regional, onde já tinha classificado esta proposta como «ridícula», o PS cumpriu essa ameaça, revelando toda a sua indiferença para com a aqueles que escolheram o nosso país para viver”, indica o deputado à Assembleia Regional. O social-democrata faz questão de frisar que muitas destas pessoas encontram dificuldades na renovação do seu título de residência ou no pedido de nacionalidade por terem dificuldade em obter um título de viagem valido devido problemas de emissão no seu país de origem.

Com esta atitude, afirma que o Partido Socialista “demonstrou não ter a mínima sensibilidade perante este problema que enfrenta a maior comunidade imigrante da Madeira”, assegurando que o PSD não irá baixar os braços relativamente a esta questão.