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Brasil garante ao FMI e Banco Mundial responsabilidade fiscal

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O ministro das Finanças do Brasil, Fernando Hadadd, garantiu hoje ao Fundo Monetário Internacional (FMI) e ao Banco Mundial que o Governo está comprometido com a responsabilidade fiscal, mas advertiu que as elevadas taxas de juro atrasam o crescimento do país.

O comunicado será apresentado nas reuniões de primavera do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional, que vão decorrer até domingo, em Washington, Estados Unidos, pela secretária de Assuntos Internacionais do Ministério das Finanças, Tatiana Rosito, que representará Fernando Haddad no evento, em virtude da participação do ministro na comitiva presidencial em viagem à China.

O texto representa o posicionamento do grupo formado por Brasil, Cabo Verde, República Dominicana, Equador, Guiana, Haiti, Nicarágua, Panamá, Suriname, Timor-Leste e Trinidad e Tobago.

"Com a crescente confiança no quadro fiscal e um caminho de consolidação fiscal afetando as expectativas de inflação e ancorando-as para mais próximas da meta dentro do horizonte relevante, haverá espaço para acomodação na taxa de juros", disse Haddad.

"O objetivo primordial é trazer os pobres para o orçamento e os ricos para o sistema tributário", acrescentou.

Em relação inflação, Haddad, explicou que "depois de atingir mais de 12% no início de 2022, a taxa de inflação caiu pela metade e é comparativamente mais baixa do que na maioria das economias avançadas",

Já em relação às taxas a taxa de juro base do Brasil em 13,75% ao ano, o seu nível mais alto desde 2016, que tem recebido várias criticas por parte do Governo de Lula da Silva, o ministro das Finanças brasileiro resumiu: "Taxas de juros mais altas por mais tempo aumentarão as vulnerabilidades do setor financeiro, exigindo estruturas e soluções mais fortes".

De acordo com o Banco Central, os indicadores brasileiros mostram que a economia continua um abrandamento esperado mas que a inflação, embora em queda, ainda não está sob controlo e ameaça exceder a meta estabelecida para este ano.

O Brasil registou uma inflação de 5,79% em 2022, uma taxa inferior à de 2021 (10,06%), mas acima do limite máximo da meta fixada pelo Banco Central para o ano (5,0%).