Madeira

Chega considera que "Saúde regional espelha a incompetência do Governo"

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O Chega considera que, com o ultrapassar da crise pandémica, "o Governo Regional deixou de ter uma justificação fácil para a gestão incompetente que tem feito do sector da Saúde e voltam a ser evidentes as profundas lacunas que corroem um sector que é fundamental para o bem-estar das populações". 

O partido critica a imagem que é passada pelo Governo Regional, que dá a entender ser uma questão estável, quando não o é. Afirma que a estabilidade não existe e que se agrava " à medida que os problemas se multiplicam, pondo em risco um número cada vez maior de pessoas, que não encontram no Serviço Regional de Saúde o pilar de apoio que precisam para viverem as suas vidas com segurança e esperança".

Durante três anos, a crise pandémica foi a desculpa útil que este governo regional usou e abusou para esconder as profundas e muito preocupantes lacunas que existem no Sistema Regional de Saúde. Tudo era culpa da pandemia e não se podia falar de nada a não ser da pandemia. Mas, há medida que o mundo e o país têm virado a página da pandemia, torna-se claro que, na Região, não há Saúde além da pandemia, não há plano, não há capacidade de resposta e a gestão deste importante setor sofre de uma gritante incompetência, que coloca em risco todos os cidadãos, especialmente os mais velhos, os que sofrem de problemas crónicos e aqueles que não têm a possibilidade para recorrer aos serviços privados Miguel Castro, líder do CHEGA

O Chega salienta que os problemas vão mais além do que apenas as listas de espera. "É um facto que tanto Miguel Albuquerque como Pedro Ramos falharam na redução das listas de espera, que, ao invés de diminuírem, aumentaram e continuam a aumentar. Porém, falharam, também, no cumprimento de muitos outros direitos básicos dos utentes, nomeadamente o direito a um atendimento num tempo clinicamente aceitável, o direito ao acesso a medicamentos e o direito ao acesso a materiais que são fundamentais para a prestação digna de serviços de apoio à saúde dos cidadãos”, refere o líder do partido.

"Como é que o governo pode continuar a insistir que o nosso Serviço de Saúde está bem e recomenda-se quando as dívidas desse serviço continuam a aumentar, continuam a ser ocultadas, continuam a não ser pagas e os fornecedores, como é normal, deixaram de enviar medicamentos, fraldas, lençóis, papel e tantos outros materiais que são essenciais ao trabalho dos médicos, enfermeiros e auxiliares de Saúde? É óbvio que não há seriedade na palavra do governo e do secretário da tutela, que, em vez de falarem a verdade às populações, querem passar a mensagem que mais lhes convém para se conseguirem manter agarrados ao poder", critica Miguel Castro.

Para o partido, a actual situação deste sector deve-se à "má gestão política do actual governo", acrescentando que estes problemas não são maiores apenas devido ao profissionalismo de quem trabalha na Saúde. “É preciso separar o que é o trabalho vergonhoso dos políticos, daquilo que é o trabalho dos médicos, enfermeiros e auxiliares de Saúde. Aliás, a sorte deste governo é ter profissionais de Saúde que fazem esforços desumanos para que nada falte aos doentes, muitas vezes à custa da sua própria integridade física e mental, tapando, assim, o gritante desleixo do PSD-Madeira na área da Saúde, como em tantas outras. Se não fossem os profissionais de Saúde a trabalhar como trabalham e a encobrir com o seu silêncio as lacunas da gestão, sem nada dizer por medo de represálias, a Saúde pública regional estaria numa situação ainda grave de calamidade, afundando, ainda mais, o risco ao qual as nossas populações estão expostas”, considera.

O líder do Chega considera que, desde cedo, Miguel Albuquerque não tinha um plano para a saúde. "Desde o primeiro governo de Miguel Albuquerque, com a ‘dança’ de nomeações e demissões de secretários regionais da Saúde, foi evidente que a liderança do PSD-Madeira não tinha uma ideia, nem um plano, para este setor. No momento atual que vivemos, que é de profunda crise económica e com uma população a envelhecer, a incapacidade deste governo e da maioria parlamentar que o suporta é cada vez mais visível. Para quem anda nas ruas e ouve as pessoas, é óbvio que os cidadãos até têm medo de adoecer, pois sabem que é um risco ter de recorrer ao Sistema Regional de Saúde Pública – não pelos profissionais, porque esses são excelentes, mas pela falta de meios. Essa é a maior prova da gestão leviana e inconsequente que este governo tem feito de um setor fundamental para a Região”, conclui.