Quando a máscara cai

Há disfarces de carnaval
Cuja forma de exibir
Lembram certos mascarados
Que em sua vida real
São mestres no impingir
De honestos disfarçados
Nos enganam a sorrir

A honestidade é um facto
Basta um homem querer
Nada vale certa farsa
A coberto de um bom fato
Para sério parecer
Cai o casaco e não disfarça
A camisa a se romper

Pela roupa que dá uso
Há quem pense ser alguém
A marca, é do fabricante
Fica mal o intruso
Se tira a roupa que tem
Cai a máscara e num instante
E vê-se logo o Zé ninguém

José Miguel Alves