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Máscaras deixam de ser obrigatórias nos transportes em Espanha na quarta-feira

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As máscaras deixam de ser obrigatórias nos transportes em Espanha na quarta-feira, atendendo à evolução da pandemia de covid-19 no país, anunciou hoje a ministra da Saúde espanhola, Carolina Darias.

A ministra invocou a "enorme estabilidade" da situação epidemiológica da covid-19 em Espanha, com uma "clara tendência a diminuir", assim como o parecer de peritos e diversos organismos consultivos ouvidos pelo Governo espanhol.

Espanha era um dos poucos países europeus que mantinha a obrigatoriedade de máscaras nos transportes públicos, por causa da covid-19.

As máscaras continuarão a ser, porém, obrigatórias em centros e serviços de saúde (para visitas e profissionais) e nas farmácias, segundo explicou hoje a ministra da Saúde, que falava no final da reunião do Conselho de Ministros que aprovou esta mudança nas regras de combate e controlo da pandemia de covid-19 em Espanha.

Carolina Darias realçou que os peritos, nos seus pareceres, recomendam, no entanto, um "uso responsável" das máscaras, nomeadamente, por quem tem sintomas de infeção respiratória grave, em espaços fechados com grandes concentrações de pessoas ou em contactos com doentes e outras pessoas em situação vulnerável.

O Governo espanhol já havia dito, no final de janeiro, que ia antecipar o fim das máscaras obrigatórias nos transportes, depois de em declarações anteriores ter afirmado ponderar manter essa regra até à primavera, quando terminasse o período de mais infeções respiratórias, que coincide com os meses mais frios.

No entanto, nas últimas semanas, vários peritos têm dito não se justificar já a obrigatoriedade das máscaras nos transportes, atendendo à situação estável da covid-19 verificada nos últimos meses, mesmo após o período das festas de Natal e de Ano Novo, que em anos anteriores se traduziu num aumento de infeções.

Segundo um relatório da Rede Nacional de Vigilância Epidemiológica espanhola conhecido em 20 de janeiro, a incidência da gripe em Espanha quase duplica a da covid-19.

Na segunda semana de janeiro, a incidência da gripe era 102 casos por cem mil habitantes em Espanha, enquanto a da covid-19 era 59 casos.

Segundo disse hoje a ministra Carolina Darias, esta incidência da covid-19 está agora nos 50,7 casos por cem mil habitantes, enquanto os doentes internados com a doença em Espanha representam 1,6% do total de camas hospitalares e 1,7% das que existem nos cuidados intensivos.

São dos dados mais baixos verificados desde sempre em relação à pandemia, justificou a ministra, que defendeu que a evolução positiva da pandemia em Espanha se deve à alta taxa de vacinação contra a covid-19.

Segundo o relatório conhecido em 20 janeiro, o impacto epidemiológico da gripe voltou depois de três anos de pandemia de covid-19, principalmente após o fim do uso obrigatório de máscaras em Espanha na maioria dos espaços, em abril de 2022.

Além da gripe e da covid-19, aumentou também a incidência em Espanha de outras doenças respiratórias, como bronquite, bronquiolite ou infeções pulmonares agudas.

A taxa de incidência do conjunto das doenças respiratórias era de 751 casos por cem mil habitantes, segundo o mesmo documento.