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Mariana Mortágua lança "grito contra a guerra" como mensagem de Natal

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A coordenadora do BE, Mariana Mortágua, lançou hoje "um grito contra a guerra" no Médio Oriente como mensagem de Natal e pediu "paz contra o sofrimento ilimitado", comprometendo-se a lutar pelo reconhecimento do Estado palestiniano junto do próximo Governo.

Na mensagem de Natal a que a agência Lusa teve acesso, a primeira como líder bloquista, Mariana Mortágua deixou de fora a crise política nacional e as eleições antecipadas e focou-se no conflito no Médio Oriente.

"A mensagem de Natal que vos deixo é por isso um grito contra a guerra, pelo cessar-fogo humanitário imediato que António Guterres tem exigido todos os dias, um apelo à solidariedade, o compromisso do Bloco pelo reconhecimento do Estado palestiniano no próximo Governo", refere no vídeo.

A palavra da líder do BE é de "paz contra o sofrimento ilimitado", afirmando que "este ano não haverá celebrações de Natal na cidade de Belém".

"Em vez do festejo há uma cidade de luto, tristeza e dor, sob o fantasma da fome. Na cidade onde a tradição cristã acredita ter nascido Jesus, o pior Natal de todos os tempos será vivido em silêncio por tantas crianças que são diariamente retiradas dos escombros de Gaza", lamenta.

Recordando que "na Palestina 20 mil pessoas já foram mortas", Mariana Mortágua lembra ainda que os hospitais foram destruídos e não há medicamentos, nem água, nem alimentação, sendo Gaza "dois milhões e meio de pessoas aprisionadas entre muros".

"Sem o apoio da maior potência mundial, alguém acredita que isto seria possível? A guerra no Médio Oriente, que se soma à guerra que já tínhamos na Ucrânia depois da invasão russa, é baseada numa mentira: a de que há uma solução militar para o conflito na Palestina", critica.

Segundo a coordenadora do BE, aquilo que está a acontecer "é um genocídio que banaliza o mal", estando a ser incumpridas as decisões das Nações Unidas.

"Israel assinou há quase 30 anos um acordo em Oslo e não o cumpriu. Os colonatos têm sido instalados em território que foi prometido à Cisjordânia", condena.