Pelo menos doze palestinianos morreram hoje em ataques israelitas que tiveram como alvo casas e uma mesquita em Rafah, no sul da Faixa de Gaza, na fronteira com o Egito, divulgou o Ministério da Saúde controlado pelo Hamas.

A autoridade de saúde na Faixa de Gaza, controlada pelo movimento islamita palestiniano, referiu, em comunicado, que os ataques aéreos causaram 12 mortos e dezenas de feridos, incluindo crianças e mulheres que foram recuperadas dos escombros.

A ofensiva israelita teve como alvo casas e uma mesquita, a poucas centenas de metros do hospital kuwaitiano em Rafah, apontou a mesma fonte.

Segundo jornalistas da agência France-Presse (AFP) presentes no local e testemunhas, dezenas de casas foram atingidas.

Colunas de fumo eram visíveis acima da cidade de Rafah, segundo imagens da AFPTV.

Uma grande parte dos 1,9 milhões de palestinianos deslocados, segundo a ONU, está na região de Rafah, na fronteira com o Egito, para fugir dos combates entre o Exército israelita e o Hamas.

A recente guerra entre Israel e o Hamas foi desencadeada após um ataque sem precedentes do movimento islamita palestiniano em território israelita em 07 de outubro.

No total, 1.140 pessoas, na maioria civis, foram mortas nesse dia, segundo uma contagem da agência noticiosa AFP a partir dos últimos números oficiais israelitas. Cerca de 240 civis e militares foram sequestrados, com Israel a indicar que 127 permanecem em Gaza.

Em represália, Israel, que prometeu destruir o movimento islamita, bombardeia desde 07 de outubro a Faixa de Gaza, onde segundo o governo local do Hamas já foram mortas cerca de 20.000 pessoas, na maioria civis.

Desde 07 de outubro, mais de 280 palestinianos também já foram mortos pelo Exército israelita e por ataques de colonos na Cisjordânia e Jerusalém leste, ocupados pelo Estado judaico.

As autoridades israelitas indicaram hoje que o seu Exército perdeu 134 militares desde o início da ofensiva terrestre na Faixa de Gaza, em 27 de outubro.