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Madeira

JPP alerta para falta de pediatras e atraso nas terapias no Centro de Desenvolvimento da Criança

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O grupo parlamentar do Juntos Pelo Povo alertou, hoje, para algumas necessidades do Centro de Desenvolvimento da Criança, que se encontra a funcionar no Centro de Saúde de Santo António. O partido fala em falta de pediatras e ainda em atrasos no início de determinadas terapias.

Este espaço, que antes funcionava no Hospital Dr. Nélio Mendonça, "é um projecto que acompanha bebés e crianças com perturbações do neurodesenvolvimento da Região, num espaço pensado para o efeito e com uma equipa multidisciplinar que pode ser composta por um assistente social, um educador, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, terapeutas da fala, psicólogos, pediatras e enfermeiros de saúde infantil".

Patrícia Spínola, numa iniciativa junto ao Centro de Desenvolvimento da Criança, recordou que, em 2021, “o SESARAM justificou a mudança de instalações do Centro de Desenvolvimento da Criança, do Hospital Dr. Nélio Mendonça para o edifício do Centro de Saúde de Santo António, no sentido de solucionar a falta de espaço físico após o necessário recrutamento de mais recursos humanos, com vista a aumentar a capacidade de resposta”.

No entanto, o JPP aponta que "passados dois anos, e apesar das melhores condições de trabalho, continuam a faltar pediatras, verificando-se esse facto pelo cancelamento de consultas por formação a longo prazo e não reagendamento com novos médicos. Após a definição das necessidades específicas pelo fisiatra, mantêm-se atrasos de longos meses para o início das terapias, facto muito prejudicial para as crianças em idade escolar, cuja urgência de intervenção foi definida por critérios clínicos”.

O partido recorda que, já em 2019, fez questão de alertar para a falta de investimento nos recursos humanos ao nível da intervenção precoce, podendo originar mais problemas no desenvolvimento da criança de tenra idade. "Esta falta de investimento é uma opção do governo que ainda mantem uma frágil articulação de serviços, deficitários e burocráticos, provocando atrasos nas constantes avaliações e no projeto de intervenção com as crianças”, criticou Patrícia Spínola.

“Continuamos a defender um sistema regional integrado de intervenção precoce, algo fundamental para que haja uma maior articulação entre os três setores envolvidos: Saúde, Educação e Segurança Social”, destacou.