JPP – Juntos pelo Poleiro

Os manos do JPP são uns pândegos. Adoram dar lições de moral aos outros partidos, apontar o dedo a tudo o que se mexe, sempre que é de outra cor política. Sempre prontos para repetir até à exaustão que são diferentes, que estão sempre certos e os outros sempre errados.

Mas a verdade, é que debaixo daquelas máscaras verdinhas, não se encontra uma ideia, uma ideologia, um caminho ou um rumo. Vão navegando ao sabor dos dias, inventando polémicas onde não existem, cavalgando os problemas das pessoas, apresentando respostas simples para questões complexas. Um discurso que tem tanto de populista como o do Chega.

Deslumbrados pelo poder, recusando dar espaço para aparecerem novos protagonistas no partido, os manos brigaram feio na véspera das últimas regionais, o que valeu um péssimo resultado eleitoral, mesmo em Santa Cruz. Uma briga de família, que até meteu as cunhadas ao barulho, tudo porque o mano mais novo afastou o mais velho das listas de deputados. Uma desconsideração, disseram do lado de Santa Cruz onde Filipe Sousa manda. Não tem competência, responderam os do lado do Funchal, fiéis a Élvio Sousa.

Agora, com as eleições nacionais no horizonte e estando impedido de se candidatar novamente à câmara de Santa Cruz, o mano mais velho começa a fazer as pazes com o irmão mais novo, para ver se consegue dar um salto para Lisboa. Como é? Já são amigos novamente? Vai haver ceia de Natal em família? E os vereadores de Santa Cruz e os deputados do Funchal também já fizeram as pazes? E como fica a câmara de Santa Cruz e o ‘compromisso’ com os eleitores?

Um malabarismo político, que o JPP, não perdoaria se acontecesse dentro de outros partidos. Faz lembrar a guerra Carlos Pereira e Paulo Cafôfo, para ver quem é que vai à frente na lista de deputados para a Assembleia da República... mas isso dava outra(s) carta(s) do leitor.

Maria Santos