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Madeira

PS pede soluções para mitigar o problema da falta de professores na Região

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O PS pediu, hoje, que sejam tomadas medidas para mitigar a alta de professores que já começa também a ser sentida na Região. Rui Caetano, numa conferência de imprensa realizada esta manhã, acusou o secretário regional da Educação de “empurrar o problema para a frente” e de continuar sem apresentar medidas que venham ajudar a prevenir a falta de professores ou a tentar mitigar as situações que já ocorrem actualmente nas escolas.

O deputado aponta que "no Programa de Governo não há uma única medida nesta linha, que tenha como objectivo salvaguardar a continuidade da qualidade do ensino na Região" e diz que estas medidas têm de ser tomadas por forma a evitar que aconteça na Madeira o que está a ocorrer no resto do país. O parlamentar socialista chamou a atenção para o facto de, segundo dados da própria tutela, nos próximos sete anos irem reformar-se mais de mil professores na Região, problema ao qual se juntam as previsões de docentes que irão sair da Madeira. Além disso, até 2025 cumpre-se a  recuperação total do tempo de serviço dos professores, o que levará a que muitos devam se candidatar aos concursos nacionais e abandonar a Região.

"Segundo dados dos sindicatos, tudo aponta para que mais de 200 professores devam sair da Madeira e integrar o ensino a nível nacional, por aqui terem já recuperado o tempo de serviço que pretendiam", indicam os socialistas, reforçando que estre é um problema que não se resolve com professores destacados. 

É verdade que há cerca de 400 professores destacados, no entanto, uma grande parte deles está apenas a tempo parcial nesse destacamento. Além disso, a maioria deles é das áreas da educação física, cultural e social. Como é que vão colmatar as falhas nas áreas do inglês, da informática, da geografia ou da filosofia? Rui Caetano, PS

O deputado lembrou também que na última década saíram do sistema de ensino da Região cerca de mil professores e que foram fechadas 93 escolas. “É verdade que há redução de alunos, mas também há redução de professores”, sustentou.

O socialista defende que o Governo Regional deve assinar protocolos com a Universidade da Madeira, de modo a que sejam abertos cursos e mestrados via ensino nas áreas deficitárias, bem como que sejam criadas condições para que se proceda à profissionalização em serviço de todos aqueles que possuem licenciaturas e queiram enveredar pela via ensino.