DNOTICIAS.PT
Madeira

Jardim avô pela primeira vez era notícia há 26 anos

Neste 'Canal Memória' pode recordar a edição de 23 de Novembro de 1997

Confrontado com o facto da neta estar a vestir uma roupa vermelha, Jardim replicou com humor: "É já para criar anticorpos desde pequenina".
Confrontado com o facto da neta estar a vestir uma roupa vermelha, Jardim replicou com humor: "É já para criar anticorpos desde pequenina".

O nascimento de Maria Carlota, primeira neta de Alberto João Jardim, foi notícia em destaque na última página da edição do DIÁRIO de 23 de Novembro de 1997.

O artigo, assinado pela jornalista Rosário Martins, relatava que eram 13h15 quando o então presidente do Governo Regional chegou à Clínica da Sé para visitar a sua neta, primeiro rebento da filha de Jardim, Cláudia. A bebé tinha nascido a 19 de Novembro, com 2,880 quilos, num parto por cesariana. Nesse dia, Jardim encontrava-se em Bruxelas a participar na reunião da Comissão das Regiões Ultraperiféricas. Foi informado da boa nova por um fax deixado por baixo da porta do quarto de hotel. Mas, três dias depois, a primeira coisa que fez assim que voltou à Madeira foi visitar o mais novo elemento da família.

Entrou sozinho na Clínica e levava consigo um saco com dois peluches comprados numa loja da capital belga. “O nariz e o queixo são do avô”, foi a sua primeira afirmação assim que observou a neta, que dormia. “Bem-humorado e absolutamente rendido aos encantos da neta, o presidente tentava ajeitar a Maria Carlota ao colo. Com pouco jeito, diga-se de passagem”, lê-se na mesma reportagem.

Ao DIÁRIO, o político descrevia o que representava aquele momento: “Começa uma terceira etapa na vida das pessoas. Há a fase em que se é jovem. Depois temos a fase responsável da constituição de família. E depois esta terceira fase, em que se é avô. É uma fase diferente. Custa a encaixar, por enquanto, mas temos de geri-la como se gere tudo na vida”. Quanto a saber-se se o nascimento da neta alteraria a sua trajectória política e pessoal, transformando-se num presidente mais calmo, Jardim respondeu com um “nem pensar”. E explicou: “Não posso ficar mais calmo. Tenho mais uma pessoa com que me preocupar”.

Quanto à opção pelo nome da bebé, Jardim enjeitou responsabilidades: “Isso foi lá escolhido pelos pais. Não tenho nada a ver com isso. Mas gosto do nome. Acho bonito”. O então presidente também não queria traçar planos para a neta. “Não devemos determinar a vida dos outros, a não ser quando se tem um mandato democrático”, justificou com um sorriso. Mais sério, adiantou: “Gostaria que ela fizesse o que melhor a realize”.

Hoje, Maria Carlota tem 26 anos de idade e é formada em Medicina. Encontra-se presentemente a fazer a especialização em Medicina Legal na delegação sul do Instituto Nacional de Medicina Legal.