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Sucessão de António Costa na liderança do PS é notícia hoje

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Foto Global Imagens

A sucessão de António Costa na liderança do PS continua hoje na agenda, um dia depois do anúncio da entrada na corrida de José Luís Carneiro, ministro da Administração Interna.

Em contagem decrescente para as eleições internas no partido, dirigentes socialistas conotados com a ala direita do PS juntam-se hoje, em Cantanhede, distrito de Coimbra, para procurar uma posição comum em relação aos processos de eleição do novo secretário-geral e congresso.

No encontro em Cantanhede, segundo fonte socialista, estão previstas as presenças de cerca de três dezenas de "destacados militantes", entre os quais o presidente da Sedes, Álvaro Beleza, e o ex-secretário de Estado Jorge Seguro Sanches.

De acordo com um dos promotores do encontro, visa-se sobretudo "evitar precipitações", encontrar uma posição comum entre os elementos desta ala e, ainda, se possível, que haja um candidato de unidade a secretário-geral, tendo em vista os próximos processos eleitorais internos no PS.

As diretas para a sucessão de António Costa no cargo de secretário-geral do PS estão marcadas para 15 e 16 de dezembro -- em simultâneo com a eleição de delegados -- e o congresso está previsto para 06 e 07 de janeiro.

O ex-secretário-geral adjunto do PS e atual ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, já apresentou a candidatura a secretário-geral e a candidatura do ex-ministro e atual deputado socialista Pedro Nuno Santos será formalizada na segunda-feira.

Na terça-feira, o primeiro-ministro e secretário-geral do PS, António Costa, na sequência de um caso judicial que o envolve relacionado com negócios de lítio e hidrogénio, apresentou a sua demissão ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e anunciou que não iria recandidatar-se nas eleições legislativas antecipadas, entretanto marcadas pelo chefe de Estado para 10 de março.

Hoje também é notícia:

CULTURA

A opereta "Maria da Fonte", de Augusto Machado, regressa hoje a cena, no Centro Cultural de Belém, em Lisboa, mais de 140 anos após a estreia, com novo libreto e encenação de Ricardo Neves-Neves e direção do maestro João Paulo Santos.

De cariz cómico, a opereta baseia-se na revolta popular das mulheres do Minho, em 1846, contra decisões do Governo de António Bernardo Costa Cabral que instituíam recrutamento militar e proibição de enterramentos nas igrejas. A opereta, com libreto original de Batalha Reis, Gervásio Lobato e João Francisco de Eça Leal, estreou-se em 1879. O resgate da obra impôs investigação de época e reconstrução das partes não cantadas, dadas como perdidas, que ficou a cargo de Neves-Neves.

A estreia moderna de "Maria da Fonte" acontece às 17:00, no CCB, pelo Coro do Teatro Nacional de São Carlos e a Orquestra Sinfónica Portuguesa, com Cátia Moreso, Luís Rodrigues e Marco Alves dos Santos, entre os solistas.

"Maria da Fonte" é o segundo título recuperado pelo Laboratório de Ópera Portuguesa, criado em 2022, depois de "Cortes de Júpiter", sobre texto de Gil Vicente.

DESPORTO

O Sporting defende hoje a liderança isolada da I Liga portuguesa de futebol, na visita ao Benfica, segundo classificado, no jogo que encerra a 11.ª jornada.

Com três pontos de avanço, os 'leões', única equipa invicta no campeonato, visitam o Benfica, que vem de uma derrota em casa da Real Sociedad (3-1), na Liga dos Campeões.

Os 'encarnados' foram alcançados no sábado pelo FC Porto, que venceu em casa do Vitória de Guimarães, por 2-1.

Antes do dérbi lisboeta, o Sporting de Braga pode isolar-se no quarto lugar, na visita ao lanterna-vermelha Arouca.

Nos restantes jogos do dia, o Boavista recebe o Farense e o Gil Vicente joga em casa com o Rio Ave.

INTERNACIONAL

O Partido Popular espanhol (PP, direita) convocou manifestações para hoje em 52 cidades contra os acordos dos socialistas para a viabilização do novo governo de esquerda de Espanha, que incluem uma amnistia para separatistas catalães.

O líder do PP, a maior formação no parlamento de Espanha, considerou na semana passada "acordos da vergonha" os pactos assinados pelo partido socialista (PSOE) para a recondução de Pedro Sánchez como primeiro-ministro.

A amnistia negociada entre o PSOE e os catalães já tem levado às ruas diariamente milhares de pessoas, em manifestações convocadas nas redes sociais por grupos de extrema-direita para a frente de sedes do PSOE de todo o país, para o início da noite.

Estas manifestações têm sido apoiadas pelo Vox, o partido de extrema-direita que é a terceira maior formação no parlamento de Espanha.

Nas manifestações em frente da sede nacional do PSOE, em Madrid, houve já, por diversas vezes, distúrbios, cargas policiais, várias pessoas detidas e outras feridas.