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PSD com liderança, equipa e propostas para "abrir um ciclo novo em Portugal"

Foto DR/PSD/Facebook
Foto DR/PSD/Facebook

O presidente do PSD, Luís Montenegro, garantiu hoje que o partido está preparado para governar o país, tendo liderança, equipa e propostas para "abrir um ciclo novo em Portugal".

"(...) O PSD é um partido que está preparado para disputar as eleições legislativas do próximo dia 10 de março e, mais do que preparado para disputar as eleições, está preparado para governar o país", disse Luís Montenegro, em Fátima (Santarém), à margem da reunião de coordenadores do Conselho Estratégico Nacional (CEN).

A reunião do CEN, dois dias depois de o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, ter anunciado a dissolução do parlamento e marcado eleições legislativas para 10 de março, estava programada antes dos acontecimentos da última semana.

"Este Conselho Estratégico (...) integra mais pessoas independentes do que filiadas no PSD, é um Conselho Estratégico também paritário e, portanto, é o reflexo daquilo que nós hoje temos de melhor na nossa sociedade, nas mais diversas áreas de atividade e que nos habilitam a podermos dizer ao país que o PSD está com liderança, com equipa, com propostas, para podermos abrir um ciclo novo em Portugal que possa desbloquear aquilo que têm sido as principais dificuldades do país", afirmou o líder social-democrata.

Segundo Luís Montenegro, no CEN foram apresentadas, "ao longo dos últimos meses, várias ideias na área da educação, na área da saúde, na área da imigração, na área da habitação".

Hoje, foi feito "um levantamento desse trabalho" e "perspetivar que, nas próximas semanas, todos os 25 coordenadores das diversas áreas" vão apresentar à direção do partido a sua proposta setorial, para ser integrada no programa eleitoral do PSD e no programa de Governo, adiantou.

"É mais uma oportunidade que o PSD tem de tranquilizar os portugueses relativamente a podermos promover uma mudança que é uma mudança de esperança, de ambição" em 10 de março, salientou Luís Montenegro.

Questionado sobre quando será conhecido o programa eleitoral social-democrata e as listas, o presidente do PSD referiu que o partido, no próximo dia 25, terá ainda um congresso.

"Apresentaremos oportunamente o programa, estamos a acelerar ainda mais a reflexão que já vínhamos fazendo", garantiu, precisando que nas próximas semanas o CEN "vai entregar à Comissão Política Nacional uma proposta de orientação relativamente a cada um dos setores".

"Depois vamos interagir com os demais órgãos partidários e vamos cumprir aquilo que é o prazo que a lei determina, quer na apresentação dos candidatos (...), quer daquilo que é exigível a um partido que quer ganhar as eleições, que é ter algum tempo de amadurecer e esclarecer os portugueses relativamente aos seus propósitos", acrescentou.

À pergunta se foi abordada no CEN a possibilidade de uma aliança para as próximas eleições legislativas, Luís Montenegro respondeu negativamente.

Portugal vai ter eleições legislativas antecipadas em 10 de março de 2024, marcadas pelo Presidente da República, na sequência da demissão do primeiro-ministro, na terça-feira.

António Costa é alvo de uma investigação do Ministério Público (MP) no Supremo Tribunal de Justiça, após suspeitos num processo relacionado com negócios sobre o lítio, o hidrogénio verde e um centro de dados em Sines terem invocado o seu nome como tendo intervindo para desbloquear procedimentos.

O Ministério Público considera que houve intervenção do primeiro-ministro na aprovação de um diploma favorável aos interesses da empresa Start Campus, responsável pelo centro de dados, de acordo com a indiciação, que contém várias outras referências a António Costa.

No dia da demissão, Costa recusou a prática "de qualquer ato ilícito ou censurável".

De acordo com o MP, no processo dos negócios do lítio, hidrogénio verde e do centro de dados em Sines podem estar em causa os crimes de prevaricação, corrupção ativa e passiva de titular de cargo político e tráfico de influência.